Abramos os lares ao Menino Jesus!

“Ora, estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz, e deu à luz o seu filho primogênito, e O enfaixou e O reclinou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,6-7).

Passados 2 mil anos, ordena-se que se fechem as portas das hospedarias. Não se quer abrir as portas para o Menino Deus, porque a alegria em recebê-Lo em família nos lares católicos e Igrejas cristãs “é uma grande ameaça à saúde da humanidade”. É o absurdo do regime do “totalitarismo covidário”: uma epidemia tão bem planejada. Conhecida em janeiro, permitiu a invasão dos foliões carnavalescos. Atingiu o pico na principal festa do Cristianismo, vindo a fechar as igrejas na Páscoa. Não abriu o comércio nas festas familiares dos Dia das Mães e Dia dos Pais. O vírus, porém, suaviza sua agressividade na época eleitoral para campanhas políticas. Agora surge a segunda onda, perigosíssima, para trancar as igrejas na celebração mais alegre da humanidade que é o nascimento do Senhor Jesus Cristo.

Parece loucura o que se lê acima? Conspiração? Irresponsabilidade com a saúde? Abramos os nossos olhos! E toda a esperança da vida é depositada numa vacina cientificamente duvidosa, para, quem sabe, termos tempo de pular o carnaval! Em pleno Natal, querem fechar as portas para Deus, porque a salvação vem da vacina, da qual pouco se sabe a respeito dos resultados. Evidentemente que não sou contra vacinas, mas que Jesus faça com que abramos os olhos e deixemos de permanecer cegos ao que acontece, e sabe-se lá o que virá ainda.

“Quando (o cego) chegou, interrogou-o: ‘Que queres que te faça?’. Ele respondeu: ‘Senhor, que eu veja’. Jesus disse-lhe: ‘Vê; a tua fé te salvou’. Imediatamente, recuperou a vista e O foi seguindo, glorificando a Deus” (Lc 18,41-43). Que se veja os tempos de hoje. Muito temos falado deste ano de 2020. Na Terra de Santa Cruz, já se inicia a invasão de igrejas com quebra de imagens. Recentemente, um bispo precisou interromper a missa durante o sacramento da Crisma por determinação sanitária e policial. E, agora, alguns governantes não querem sequer que as famílias se reúnam para o Natal, até que todos sejam vacinados por força da lei! 

“Então Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles cuidadosamente acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela; depois, enviando-os a Belém, disse: ‘Ide, informai-vos bem acerca do Menino e, quando O encontrardes, comunicai-me, a fim de que também eu vá adorá-Lo” (Mt 2,7-8). É a falsidade de muitos governantes que se aglomeram em comemorações pessoais, mas não querem que as famílias se reúnam, em defesa da saúde da população. Todos sabem das responsabilidades a serem respeitadas no convívio social para se cuidar, principalmente os cristãos, em que isso se faz por amor ao próximo, e não por obrigação da lei. 

Quisera eu, a exemplo de anos anteriores, estar escrevendo somente acerca das alegrias e das maravilhas do amor de Deus em comemorar o Natal do Senhor Jesus em companhia de Maria e José. Ouvir com os pastores os cantos de Glória e de Paz dos anjos dos céus! Contemplar este momento quando o céu desceu até os homens. “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandeceu nas trevas, mas as trevas não O receberam” (Jo 1,4-5).

Abramos nossas portas para a chegada do Menino Jesus! Ofereçamos ao Senhor os presentes dos nossos corações, como o fizeram os magos. E como eles não retornaremos a Herodes, mas voltaremos por outro caminho, que Deus nos dará. Estejamos preparados para, se necessário, acompanhar José e Maria com o Menino em fuga, “porque Herodes vai procurar o Menino para O matar” (Mt 2,13). Assim como Jesus disse aos doze apóstolos, o Menino Deus nos pergunta da manjedoura: “Também vós quereis retirar-vos?”. Simão Pedro respondeu-Lhe: “Senhor para quem havemos nós de ir? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus” (Jo 6,67-69).

Que tenhamos todos, em nossos corações, em nossos lares, com nossas famílias, um Feliz e Santo Natal! E, como os pastores, vamos contar ao mundo, esquecido, o que os anjos lhes haviam dito acerca deste Menino. “E todos os que ouviram se admiraram das coisas que os pastores lhes diziam” (Lc 2,18). E com a serenidade de José, em meio a tantas tribulações, ficaremos seguros, em oração, ao fixar os olhos na Mãe de Deus e nossa, que “conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19). 

Valdir Reginato é médico de família. E-mail: reginatovaldir@gmail.com.

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