O conflito entre trabalho e família tem sido examinado com bastante frequência na literatura de gestão de recursos humanos e empresarial. Inúmeras estatísticas mostram que a magnitude desse problema no mercado de trabalho continuará a crescer. À medida que os funcionários tentam equilibrar as demandas do trabalho e as responsabilidades familiares, as organizações terão de decidir até que ponto irão minimizar esse conflito. Pesquisas identificaram inúmeras consequências negativas da tensão entre trabalho e família para as organizações, para os funcionários e para suas famílias. No entanto, existem opções para reduzir esse estresse, cada uma com vantagens e desvantagens.
Meus pais tiveram cinco filhos e, certo dia, ouvi minha mãe dizer “Estou deixando meu outro emprego de tempo integral” – era sua decisão de deixar seu trabalho no mercado financeiro para se dedicar integralmente à maternidade.
Mas, o que tal decisão pode significar para outras mulheres que não têm a mesma liberdade para tomá-la? Quantas mães e pais aproveitariam a oportunidade, por exemplo, de um emprego de meio período que lhes permitiria exercer seus talentos e gerar renda – e obter benefícios cruciais como um plano de saúde – enquanto ainda sobra tempo e energia para uma vida familiar plena? Tal possibilidade, no entanto, só surgirá com políticas mais favoráveis à família.
Por enquanto, porém, pelo menos aqui no Brasil, tais políticas são em grande parte escassas no universo corporativo. Atualmente, mães e pais devem discernir, no âmbito das situações reais em que vivem, entre enfrentar um trabalho muito exigente, por um lado, ou ficar desempregado, por outro. E, mesmo que políticas melhores fossem implementadas para as famílias, sempre haverá uma variedade de situações que levam uma mãe a dedicar sua atenção aos filhos em tempo integral. Muitos casais decidem – especialmente quando cuidam de crianças pequenas, crianças com necessidades especiais ou um número maior de filhos – que comprometer um dos pais com os cuidados em tempo integral é o melhor caminho para o bem-estar familiar. E muitas mulheres simplesmente desejam fazer isso não pela pressão externa que as obriga a deixar seu “trabalho profissional” e estar presentes com seus filhos, ou pela sensação de que o pai de seus filhos está ausente; mas, sim, pela sensação mais profunda de que esta é a decisão certa para elas e suas famílias.
Vamos enfrentar a realidade: se dois pais trabalham em tempo integral, então duas pessoas trabalham em três empregos de tempo integral. E mesmo uma divisão perfeitamente equilibrada das responsabilidades familiares deixa cada pessoa responsável por três metades do trabalho. De fato, para muitos, a decisão de abrir mão do trabalho remunerado criaria uma situação muito difícil. Ela pressupõe uma renda familiar suficiente, o que não é a realidade para muitos. Quase nunca é uma opção para pais solteiros. Também não faz sentido imaginar os homens como imunes a esses desafios. Uma pesquisa recente revela que a contribuição dos homens para as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos tem crescido drasticamente ao longo do tempo.
Na economia de uma família, há sempre uma complexa rede de dinâmicas em jogo, e, muitas vezes, há recursos e desafios que os de fora não conseguem ver bem. As realidades financeiras, a proximidade da família extensa e a saúde física e mental de membros da família são apenas alguns desses fatores. Na maioria das nossas famílias, ambos os pais trabalham o máximo que podem, quase o tempo todo. Para muitos de nós, que vivemos em uma estrutura de fé, esse teste de discernimento, sacrifício e bênção tem sido uma das maneiras mais desafiadoras pelas quais “conquistamos nossa salvação”.
Olá,
Se nos lembramos que uma família começa pela união de duas pessoas que se amam e desejam construir algo juntas, de mãos dadas e responsabilidades igualitárias, seria mais fácil.
“O mal do homem é que ele esquece.”
Não conheço uma mulher que teve o seu valor reconhecido pelo marido quando abriu mão de uma carreira para cuidar dis filhos, casa ou acompanha-lo.Todas ficaram na sombra. É humilhante pedir dinheiro para coisas pessoais e ter de explicar, muitos maridos são controladores. Os filhos não enxergam o esforço dos pais e do que eles abrem mão. Eu mesma fui entender somente depois dos 40 anos.
A família e o amor, é a base de tudo. O casal precisa reavaliar a relação e os objetivos sempre, sem isso perdemos a direção.