O Natal traz a ideia de ser um tempo de encontros e de reencontros. Tradicionalmente, já vamos nos programando para fazer festas e confraternizações, comprar e trocar presentes. Algumas coisas repetimos em tom de brincadeira, como a história do “é pavê ou pra comer?” Retiramos os enfeites guardados nas caixas, decoramos a casa, a porta de entrada. Edifícios e praças também são preparados e iluminados. Neste ano, porém, as coisas precisam ser um pouco diferentes. Será que haverá Natal?
Com o brilho de tantas luzes e tantos papeis coloridos, pode ser que tenhamos nos afastado muito do sentido pleno do Natal, que é a celebração do nascimento do Verbo de Deus, que assumiu a nossa natureza humana. Jesus, o Filho de Deus, nasceu para trazer-nos a salvação, para caminhar conosco. Ele atraiu a si os mais simples e humildes, homens e mulheres de boa vontade. Chamou os pecadores à conversão, abrindo caminho para que voltássemos à comunhão com o Pai. Por isso temos motivos para celebrar o Natal.
Vivemos um ano difícil, isso é fato. Foram muitas perdas, todas irreparáveis e sofridas. Muitas famílias estão incompletas, sem pais, mães, irmãos e irmãos, filhos e filhas. A criatividade e a tecnologia vão permitir que a tristeza da distância seja amenizada por uma “live”, nesse caso, o “pavê é pra ver”. Vai faltar o abraço e o consolo da presença daqueles a quem amamos. Ainda assim, temos motivos para celebrar o Natal.
O Verbo de Deus se fez carne e abitou entre nós, para nossa alegria e salvação. Esse é o motivo de celebrar o Natal. Essa é a verdade de fé que nos faz olhar com esperança para o futuro. Esperança de poder reencontras as pessoas, não por tradição, mas por profundo desejo de encontrá-las, de abraçá-las e de comer juntos um pedaço de “pavê”. Celebremos com alegria o Natal do Senhor, pois ele está sempre em nosso meio.
Feliz Natal do Senhor, na esperança de dias melhores.
