Faz sentido haver uma ‘madrinha de vela’ no Batismo de uma criança?

A Regina, do bairro da Mooca, me enviou a seguinte dúvida: “O que significa ser ‘madrinha de vela’ no Batismo?”. Minha irmã, há certas coisas na religiosidade popular que eu acho bonitas e certamente foram criadas para alimentar essa religiosidade e a fé no coração das pessoas simples.

Imagine você um casal que ganhou de Deus o presente lindo de um filho. E este casal, sendo cristão, quer o melhor para seu filho e decide batizá-lo. Mas são tantas as pessoas que eles gostariam que fossem seus compadres, não é mesmo? E com isso foram se criando apadrinhamentos.

Vamos ao caso da sua pergunta. A palavra “Madrinha de vela” sugere que no batizado em alguns lugares de nosso País, existam os padrinhos do Batismo, as madrinhas de consagração e até a “madrinha de vela”. E que seria isso? Após o Batismo, o padre consagra a Nossa Senhora a criança que foi batizada. No Batismo, a madrinha segurou a criança no colo. Na consagração a Nossa Senhora, outra madrinha segura a criança enquanto o padre a consagra. E, pelo visto, embora não seja muito comum, existe também uma madrinha que vai segurar a vela depois de acendê-la no Círio Pascal.

O que me parece nisso tudo então, minha irmã, é que os pais querem homenagear e fazer um gesto de carinho, convidando, além dos padrinhos, outras pessoas para participarem do Batismo de seus filhos. E cá entre nós, quanto mais padrinhos e madrinhas bondosos e cheios de fé, mais acompanhamento e ajuda a criança terá na sua caminhada de fé.

É isso, minha irmã. Tomara que todos os padrinhos de Batismo, de consagração e de velas sejam mesmo pais e mães na fé para seus afilhados.

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