Feliz Ano Novo

Hoje, gostaria de trazer aqui um tema sempre muito presente nesta época do ano – a expectativa do que virá. Há sempre, na passagem do ano, uma esperança pujante, uma série de mitos e ditos populares que trazem ao imaginário das pessoas a possibilidade de que no ano que se inicia mudanças grandes e positivas acontecerão. Objetivos serão alcançados, sonhos realizados, enfim, há todo um clima de mudança que ronda as famílias, as pessoas, os ambientes. 

Termos esperança é uma postura virtuosa, afinal, como cristãos, somos chamados a uma grande esperança, a esperança de alcançarmos o céu. Ocorre que nossa esperança nada tem de fantasiosa ou mágica. Não nos cabe esperar transformações, alegrias, realizações que não tenham sido acompanhadas de mudanças de hábitos, de estabelecimento de metas, de luta por conseguirmos dominar mais a nós mesmos e nossas ações. 

A esperança deve, de fato, ser grande, porém deve estar assentada na realidade da nossa vida e da nossa circunstância. Deve ser, em primeiro lugar, uma esperança de mudarmos e transformarmos a nós mesmos, de lutarmos bravamente e com a graça de Deus, contra nossas limitações e vícios, para assim alcançarmos as metas e realizações que tanto almejamos. 

Trazendo isso para o âmbito do convívio familiar e da educação dos filhos, gostaria de deixar uma provocação que considero fundamental: já conseguiram identificar os pontos que foram falhos no ano que terminou e o que precisa ser colocado como meta para este que se inicia? 

Como vai o convívio do casal? Como anda a comunicação e o vínculo entre os dois? As prioridades estão bem estabelecidas e acordadas de modo que ambos estejam caminhando juntos para o mesmo objetivo? 

Com os filhos, como estão as coisas? Cada um, certamente, traz suas alegrias e preocupações – cada filho é uma riqueza única e tem características próprias. Para cada filho, um objetivo precisa ser identificado pelos pais. 

Sem identificarmos e estabelecermos pequenas metas – tanto para o relacionamento conjugal quanto para cada um dos filhos, podem ter certeza: as mudanças não acontecerão. Toda transformação e aperfeiçoamento exige propósitos claros, determinação, disciplina. Portanto, para melhorarmos e aperfeiçoarmos nossa relação conjugal e para educarmos os filhos, é preciso planejar. 

Formar e educar os filhos pressupõe ter projetos educativos claros. Saber aonde se quer chegar, conhecendo cada um, estabelecer os objetivos individuais e, aí sim, pensar em estratégias educativas. 

Portanto, encorajo-os neste início de ano: dediquem um tempo a pensar e avaliar como está a família de vocês, estabeleçam metas pequenas, poucas e concretas. É evidente que quando estabelecemos muitas, não conseguiremos sequer nos organizar para alcançá-las. 

Com as pequenas metas estabelecidas, vamos pensar nas estratégias. Quais hábitos precisarão ser mudados? Quais atitudes precisarão ser lapidadas? Onde irão buscar informações e conhecimento para fazer isso de modo efetivo? 

Feito isso, mãos à obra. O ano já começou. Se queremos colher bons frutos, precisamos nos empenhar e, que projeto pode ser mais importante do que esse de tornarmos nossa família melhor? 

Dedicamos tempo e empenho para avaliações no trabalho, no desempenho profissional, da equipe que lideramos e, no entanto, quase nunca paramos para avaliar a equipe mais preciosa que temos, aquela em que ninguém consegue nos substituir. 

Papais e mamães, não percam tempo. Dediquem-se a esse projeto, que trará, a longo prazo, a maior felicidade e sentido para a vida de vocês.

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