‘Minha prima é espírita e lê o Evangelho no lar. Isso é pecado?’

A pergunta é da Maria de Fátima, de Pinheiros. Minha irmã, jamais devemos etiquetar alguém ou alguma atitude diferente da nossa como pecado. Como chamar de pecado o gesto de alguém que lê o Evangelho em sua casa? Não devemos julgar e condenar alguém por servir a Deus de um modo diferente que o nosso. Quer exemplo mais bonito do que aquele que nos deu o Papa Francisco lá no Iraque, confraternizando com os islamitas que nem cristãos são?

Sabe, Maria de Fátima, por mais que saibamos que os espíritas neguem a divindade e a salvação que nos trouxe Jesus, porque eles creem que a pessoa tem sucessivas reencarnações e vai se purificando de uma para outra, eles têm um profundo respeito por Jesus, consideram-no um espírito puro ou evoluído. Para nós, Jesus é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, ou, como dizem os papas, o rosto divino do homem e o rosto humano de Deus. Eu jamais ouvi algum espírita falando mal de Jesus.

Eu só fico triste, minha irmã, quando um católico navega com um pé numa canoa e o outro em outra canoa. Ele corre o risco de não se sustentar em nenhuma delas. Fico triste, também, com os que deixam o catolicismo e vão para outras igrejas. Isso é um sinal evidente de que esses irmãos ou não foram bem evangelizados ou foram movidos por outras razões que só Deus conhece. Respeitemo-nos uns aos outros. 

E eu encerro dizendo a você o quanto sou agradecido quando uma pessoa da minha família, que eu amo tanto e que há muito tempo é espírita, me diz que orou por mim. É isso: oremos uns pelos outros e vivamos intensamente a nossa fé. O restante é com Deus.

guest
2 Comentários
Inline Feedbacks
Veja todos os comentários
Domenica da Costa Barros
Domenica da Costa Barros
2 anos atrás

Saudosas palavras… Com verdadeiros exemplos cristãos!

Luíza Reis
Luíza Reis
2 anos atrás

Que lindas palavras… No espiritismo nos consideramos todos irmãos e não temos preconceitos com outras religiões, é muito edificante ler palavras tão respeitosas, e não de estranhezas e preconceitos, como muitas vezes acabamos recebendo.