Enquanto vivíamos o fim de 2019, estava ocorrendo uma epidemia na cidade de Wuhan, na China. Desenvolvia-se uma doença que era notícia com repercussão mundial. Naquele momento, a cidade chinesa era o foco das atenções, porque a situação se agigantava e o vírus se espalhava vertiginosamente. As manchetes sobre a COVID-19 ganhavam mais espaço nos jornais e TVs. Uma enfermidade que assolava a região asiática e rapidamente se disseminava pela Europa, passando pelo Médio Oriente.
Iniciamos o ano de 2020 e o espectro da epidemia circulava entre nós. Ouvíamos a seu respeito e ainda não a temíamos. Passaram as festas de fim de ano. Em muitos lugares, as multidões se aglomeravam com tantas outras festividades. Logo depois, tínhamos iniciado as aulas e tudo se desenvolvia naturalmente, como mais um ano acadêmico. Particularmente, iniciei com os alunos a perspectiva para o presente semestre e os alertei a respeito da epidemia que se iniciara e se multiplicara na China, estava passando pelo Oriente Médio e chegava à Europa, contaminando milhares e fazendo muitas vítimas.
Em conversa com os alunos, eu dizia do diálogo da Teologia com os ou tros saberes. Nesse momento, o novo coronavírus estava tomando o Hemisfério Norte. Comentava sobre o surgimento das universidades na Europa, no século XIII, nascidas no entorno das catedrais e mosteiros. Após um século do ressurgimento das cidades, o aumento da população e o desenvolvimento das Ciências, a Europa estava diante da pandemia da peste negra (1347-1351). Seguia-se o mesmo itinerário das rotas do Oriente para o Ocidente: as vias comerciais da China para os portos europeus, para o abastecimento da população. Perguntava como a Europa respondeu, naquele exato momento, à pandemia e às suas consequências avassaladoras.
As atividades acadêmicas continuavam normalmente, quando, no dia 16 de março, a PUC-SP as suspendeu, e no dia seguinte, a universidade iniciou o período de quarentena, passando das aulas presenciais às aulas virtuais. Momento de adaptação presencial-virtual ou readequação a tempos remotos? Continuamos com nossas aulas on-line e redimensionamos as atividades que havíamos projetado para o semestre, tros saberes.
Nesse momento, o novo coronavírus estava tomando o Hemisfério Norte. Comentava sobre o surgimento das universidades na Europa, no século XIII, nascidas no entorno das catedrais e mosteiros. Após um século do ressurgimento das cidades, o aumento da população e o desenvolvimento das Ciências, a Europa estava diante da pandemia da peste negra (1347-1351). Seguia-se o mesmo itinerário das rotas do Oriente para o Ocidente: as vias comerciais da China para os portos europeus, para o abastecimento da população. Perguntava como a Europa respondeu, naquele exato momento, à pandemia e às suas consequências avassaladoras. As atividades acadêmicas continuavam normalmente, quando, no dia 16 de março, a PUC-SP as suspendeu, e no dia seguinte, a universidade iniciou o período de quarentena, passando das aulas presenciais às aulas virtuais. Momento de adaptação presencial-virtual ou readequação a tempos remotos? Continuamos com nossas aulas on-line e redimensionamos as atividades que havíamos projetado para o semestre, tendo agora a pandemia como referência nas apresentações das aulas e dos seminários. Neste momento, podemos falar de passado e presente. De fontes que pesquisamos e de fatos que estamos vivendo. Quando falamos da peste negra, lembramos e revisitamos o passado, por meio dos documentos que retratam o século XIV. No presente, nós estamos vivendo e passando uma nova pandemia, a COVID-19, que, de fato, se mostra tão violenta e letal, vitimizando pessoas e fazendo naufragar enormemente a sociedade em muitas dúvidas e incertezas, e impactando a economia de todos os países.
Enquanto falava aos alunos que a PUC-SP propõe um novo paradigma para a Educação, pautando o diálogo entre os saberes e o respeito e a importância da interdisciplinaridade, agora postulamos, também, em ordem mundial, um novo paradigma para a sociedade, ainda em pandemia. Quando passarmos por este momento, haveremos de lembrar de tantos fatos ocorridos no passado, de tantas doenças infectocontagiosas, e devemos propor uma nova maneira de viver, de produzir e distribuir os bens para o bem de todos.