A Maria de Lourdes, de Campo Limpo, ao se recordar do Natal do ano passado, me enviou a seguinte pergunta: “Padre, na época do Natal foi rezado um Credo diferente, que fala que ‘Jesus é Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro’. Por que só é rezado uma vez no ano?”.
Minha irmã, o Credo é o mais completo ato de fé que se proclama individualmente ou em comum. Ele é chamado “Símbolo dos Apóstolos”. A palavra símbolo significa a reunião de todas as verdades encontradas nos Evangelhos e no ensinamento dos apóstolos.
Existem dois Credos. O Símbolo ou Credo apostólico, que nos vem dos inícios do Cristianismo e o Credo Niceno-constantinopolitano, que contém algumas verdades da fé que foram definidas posteriormente por diferentes concílios. Os dois Credos revelam a preocupação da Igreja diante de várias heresias que foram condenadas.
O Credo Niceno-constantinopolitano data do Concílio de Niceia, realizado no ano 325 da era cristã.
Em todas as missas dominicais e em grandes celebrações, rezam-se o Credo em suas duas versões. Você se encantou com o Credo Niceno. Por ser mais completo, ele é celebrado nas grandes solenidades.
As Igrejas Católicas, ortodoxas e as Igrejas cristãs históricas usam o Credo.
Minha irmã, você agora sabe que na liturgia, nas missas solenes e festivas, um dos dois Credos tem que ser rezado em comum pelo sacerdote e pelos fiéis.