Por que nem sempre há a comunhão em duas espécies? 

A Anna Maria Silva Barboza, de Nova Friburgo (RJ), disse que durante uma reunião do grupo de casais que ela coordena, surgiu esta dúvida: “Por que não nos é oferecido o vinho na comunhão se Jesus nos é apresentado em corpo e sangue?” 

Minha querida irmã, sua pergunta é muito importante. Ela já me foi feita muitas vezes e eu sempre respondo, porque nos faz mergulhar na doutrina do sacramento da Eucaristia. 

Você certamente sabe que Jesus quis permanecer conosco para sempre. Ele mesmo disse, ao se despedir dos apóstolos, que estaria conosco até o fim dos tempos. 

E uma das muitas formas de Jesus estar conosco é por meio da Eucaristia, chamada com muita razão de “sacramento do Amor”, porque por Ele, Cristo, vem ao nosso coração e somos acolhidos no coração de Cristo. 

A instituição do sacramento do Corpo e Sangue de Jesus foi na quinta-feira antes da sua Paixão e Morte. E Ele deixou claro que toda vez que celebramos a Eucaristia, nós atualizamos o sacrifício redentor de Jesus. 

E naquele gesto do padre imitando o de Jesus, de pegar o pão e o vinho e repetir as palavras de Jesus, realiza-se o milagre do pão não ser mais pão, mas o Corpo de Cristo e o vinho não ser mais vinho, mas o Sangue de Cristo. 

E a Igreja é muito clara: Jesus está presente em seu corpo, sangue, alma e divindade tanto no pão quanto no vinho consagrado. 

Quem comunga só o pão recebe Cristo inteirinho. Quem comunga só o vinho, recebe Cristo inteirinho. 

Há padres que já distribuem a comunhão nas duas espécies. Outros, como eu, fazem isso apenas em dias mais solenes e festivos, como recomenda a Igreja. Então, minha irmã, é por isso que nem sempre você terá a comunhão nas duas espécies, mas seja comungando somente o pão, seja somente o vinho, você entra em plena comunhão com Jesus, o Pão da vida. 

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