Posso me ajoelhar para receber a Comunhão?

A dúvida em questão é da Édna Nascimento Lima, aqui de São Paulo. Minha irmã, é  preciso que todos nós cristãos católicos cultivemos um imenso amor à Eucaristia. Afinal de contas, é a riqueza maior de nossa Igreja: do dom que o Senhor fez de si mesmo no Santíssimo Sacramento do altar. Quem descobre esta riqueza certamente vai tirar muito mais fruto da santa Comunhão.

A pergunta é: “Pode comungar de joelhos?” Claro que pode! E ninguém pode reclamar dessa demonstração de amor por Jesus presente na Eucaristia ao querer recebê-lo de joelhos.

Mas é importante refletir no que eu vou dizer. Quando uma comunidade se reúne em torno do altar para celebrar o Sacrifício de Cristo, esta comunidade está sendo Igreja no sentido mais bonito desta palavra: está sendo povo de Deus, família de Deus, comunidade de fé. Então, as preces em comum, os gestos, o silêncio sagrado, os cantos, tudo exprime a unidade desta família.

Imaginemos que na hora em que todos os irmãos estão ouvindo a Palavra de Deus em silêncio, alguém comece a cantar ou a rezar sem ligar para a Palavra que está sendo proclamada. O que acontece? Esta pessoa está faltando com a caridade e não está em comunhão com os outros. Imagine que enquanto a comunidade canta, alguém vá se ajoelhar num cantinho mais distante da Igreja. O que acontece? Ela não está mais em comunhão com os irmãos. Imagine agora, todo mundo de pé recebendo a santa comunhão. A Igreja prevê as duas atitudes para este momento: ou ajoelhado ou de pé. Imagine que todos estão de pé aí vem alguém e cai de joelhos diante do padre. Tudo bem, o padre não poderá recusar a comunhão para esta pessoa. Mas ela está faltando com a unidade de toda a Igreja. 

É bom que a gente pense nisso, viu? Na nossa Igreja hoje, por falta deste espírito de comunhão e porque poucos seguem as determinações dos pastores, tem havido muito pecado contra a Comunhão, mesmo quando a pessoa é movida por um forte sentimento de respeito pelo mistério que está sendo celebrado. Comungar de joelhos em sinal de adoração ou comungar de pé, recebendo nas mãos o corpo do Senhor, são duas atitudes dignas. Seguir o que faz toda a comunidade é um sinal de fraternidade e de amor pelos irmãos e é uma prova de unidade daqueles irmãos em torno do altar.

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Eduardo Miglioli
Eduardo Miglioli
7 meses atrás

Se toda a comunidade está rumando ao inferno, devo segui-los para manter a unidade?
Ou devo ser o sal da terra e a luz do mundo para mostrar-lhes a verdadeira piedade?
Quando o clero estava envolto em corrupção, uma meia dúzia de padres piedosos mostraram o caminho para a santidade. Eles deixaram de estar em comunhão com a Igreja por não seguirem os seus pares nos casos de corrupção?
Quando toda a comunidade perde o real sentido do Santo Sacrifício e agem como se fosse apenas um preceito cultural, estaria eu em desarmonia por, diferente deles, viver o Santo Sacrifício com piedade?
Se conheço as rubricas e as sigo, estou fora da comunhão porque os meus pares não conhecem e não seguem?

Como citei acima, sou chamado a ser sal da terra e luz do mundo, o que farei é através do exemplo educar os meus pares e, se possível, usar palavras para mostrar-lhes o caminho da cruz.
Se comungo de joelhos é porque sei que ali é o próprio Deus transubstanciado, não apenas um símbolo ou um “ato parte do teatro”.

A comunhão é importante conquanto o caminho que a comunidade segue é o correto e piedoso.

Salve Maria

Ricardo
Ricardo
7 meses atrás

Que artigo ridículo! Quanta ambiguidade para tentar agradar gregos e troianos! Então porque todos comungam na mão quem quer comungar de joelhos também deve comungar na mão em nome do “espírito de comunhão”?! Não, meus caros! O clero que tem que ser uno em obedecer a Redemptionis Sacrementum que determina “o leigo que escolhe como quer comungar”. É obrigação de quem estuda (pelo menos deveria) 8 anos para ser padre.

Rosangela Monica Wolff
Rosangela Monica Wolff
7 meses atrás

Parabéns pelo excelente comentário.
Seu comentário, assim como o de Eduardo Miglioli, me encorajam a receber o corpo de Cristo como deve ser feito.
Neste próximo domingo farei como sempre fazia na minha juventude. Receberei na boca, mesmo com recomendações do padre que se use as mãos para comungar.
Obrigada Ricardo.
Deus o abençoe.