A Maria Aparecida, de Guarulhos (SP), escreveu-me com a seguinte dúvida: “Padre Cido, o que devo fazer com meu crucifixo que quebrou?”. Minha irmã, sua pergunta pode ter duas respostas e elas valem não só para o crucifixo como também para qualquer imagem religiosa.
As imagens merecem respeito, porque servem para dar visibilidade à nossa fé, ajudam os nossos sentidos e o nosso coração. A sacralidade delas, porém, deixa de existir quando se quebram, quando se estragam e não conseguem mais representar as pessoas de Jesus, de Maria e dos santos.
Há os que continuam respeitando as imagens, mesmo quebradas, principalmente quando guardadas há muito tempo pela família. Nesse caso, o melhor a fazer é mandar restaurá-las.
Algumas pessoas depositam as imagens em pequenas capelas ou cruzes à beira das estradas. Há aqueles que enterram as imagens quebradas e crucifixos ou os jogam em águas correntes de córregos ou rios. Também existem os que simplesmente descartam as imagens quebradas ou crucifixos, substituindo-os por outros.
Eu entendo que a função das imagens e dos crucifixos é importante, mas o mais importante são as pessoas sagradas ou santas que representam. Portanto, fique em paz quanto à maneira pela qual irá descartar o seu crucifixo, Maria Aparecida, e lembre-se sempre: nós veneramos as imagens, mas não as adoramos. Adoração só a Deus.