O Ricardo Santos, do bairro Artur Alvim, escreveu-me querendo saber mais sobre Santo Estêvão, celebrado um dia depois do Natal, em 26 de dezembro. “É verdade que ele foi um dos primeiros diáconos?”, ele me pergunta.
Meu irmão, você encontra toda a história de Santo Estêvão no livro dos Atos dos Apóstolos, mas vou resumi-la aqui. Logo depois de Pentecostes, a Igreja de Jesus começou a se organizar. Muta gente aceitou aquela nova doutrina pregada pelos apóstolos, mas havia problemas, como a organização do serviço aos mais pobres e às viúvas. As viúvas dos cristãos de origem grega entenderam que as dos cristãos de origem judaica eram mais bem tratadas e reclamaram. Os apóstolos, então, pensaram: “Não vai ser fácil pra nós acumular o ministério apostólico e o cuidado dos pobres”. E o que fizeram? Decidiram escolher sete homens na comunidade e entregar a eles o serviço aos pobres. Assim, nasceram os diáconos. A palavra diaconia quer dizer serviço, e a palavra diácono quer dizer servidor. Logo, os diáconos também assumiram tarefas de evangelização e santificação do povo. Os nomes dos primeiros sete diáconos eram: Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Tímon, Pármenas e Nicolau de Antioquia.
Estêvão encabeça a lista e diz o livro dos Atos dos Apóstolos que ele era “homem cheio de fé e do Espírito Santo” (At 6,5).
Ele era um jovem cheio de entusiasmo e coragem e pregava abertamente o Evangelho de Jesus. Vale a pena ler o discurso dele diante do sumo sacerdote. Ele conta toda a história da salvação (cf. At 7). Seu testemunho deixa as autoridades tão indignadas que o condenam a morrer apedrejado. E sabe quem viu a execução? Um jovem chamado Saulo, perseguidor dos cristãos. Só que mais tarde, Jesus entraria em sua vida, e Saulo, talvez movido pelo testemunho de Estêvão, veio a ser o glorioso apóstolo Paulo.
