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Temos de temer quando buscam nos fazer mal com cultos de outra religião? 

Hoje respondo à seguinte mensagem que recebi da Sueli, do bairro do Jaraguá: “Padre Cido, eu tenho uma planta na porta do meu apartamento. Dias desses, quando fui regá-la, percebi uma faca fincada na planta. O mesmo aconteceu com a planta da minha vizinha. Estou com medo de ser ‘macumba’. O que eu faço?” 

Sueli, minha querida: nós que cremos, devemos sempre purificar a nossa fé para que ela não fique marcada pelo medo. A nossa fé deve ser vivida na alegria. Devemos, sim, ter o Temor de Deus, dom do Espírito Santo que nos faz compreender que Deus é tão bom, mas tão bom mesmo, que devemos ter medo de não corresponder a este amor. 

Portanto, minha querida, por que se preocupar com a faca fincada na sua planta? Se alguém quiser fazer mal a você ou à sua vizinha, não será deste modo. Respeito os que creem nas religiões afro, como o candomblé e a umbanda, mas não me preocupo com as coisas que são pedidas a quem as frequenta. Na frente de minha paróquia, por vezes, são colocadas coisas muito estranhas, mas não devemos temer nem deixar que isso não nos encha o coração de medo ou nos tire a paz. 

Se o desejo de quem fez o “despacho” – ou sei lá como se chamam esses “trabalhos” –, é fazer o bem a alguém, que Deus o abençoe. Entretanto, se o desejo de fazer o mal é que moveu a pessoa a tal, a nossa confiança em Deus não vai permitir que percamos a serenidade de coração. Fique com Deus, minha irmã. 

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