A Célia Giovenardi, aqui de São Paulo, me enviou a seguinte pergunta: “Padre, eu sempre vejo notícias de que grupos evangélicos visitam penitenciárias, então gostaria de saber: Por que nossa Igreja não se organiza para fazer esse trabalho também?”.
Célia, minha querida, ao que parece você nunca ouviu falar da Pastoral Carcerária. Trata-se de uma pastoral que evangeliza nos cárceres. Padres e leigos atuam nas prisões, evangelizam os presos, celebram a Eucaristia e meditam com eles a Palavra de Deus. Além disso, servem de ponte entre os encarcerados e suas famílias. E esta Pastoral ainda faz um trabalho maravilhoso de humanização dos cárceres.
A Pastoral Carcerária inspira-se na Palavra de Jesus no capítulo 25 do Evangelho segundo Mateus, em que Jesus fala do julgamento final. E Ele dirá: “Vinde benditos de meu Pai, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estava nu, e me vestistes; estive na prisão, e fostes me visitar”.
A Pastoral Carcerária entende também, Célia, que a prisão não é para a vingança do Estado. A prisão é tempo e espaço de resgatar a pessoa que incorreu no crime. Infelizmente, as prisões são verdadeiras escolas do crime, não recuperam ninguém. A humanização dos cárceres é uma bandeira sempre erguida pela Pastoral Carcerária. É um trabalho lindo que em São Paulo começou nos tempos em que Dom Paulo Evaristo era o Arcebispo e que perdura até hoje.
Fique com Deus, Célia.