A Sônia, do bairro de Pirituba, deseja saber se há uma forma correta para se pagar o dízimo. E eu aproveito esta pergunta para lembrar que devemos ter uma consciência muito clara do que é e do que não é o dízimo.
O dízimo não é uma esmola. Deus não precisa de esmola. O dízimo é um compromisso mensal.
O dízimo não é um investimento. Nós, católicos, não damos o dízimo para receber mais. Isso é negócio com Deus. Nós, católicos, damos o dízimo porque já recebemos tudo de Deus: a vida, a família, o trabalho, os bens deste mundo. Com o dízimo, devolvemos a Deus um pouco do que Ele nos deu.
O dízimo não é uma obrigação que pesa, a ponto de nos obrigar a sacrifícios. O Senhor prefere um coração contrito, uma vida de compromisso com Ele e com os irmãos. Quem não puder mesmo pagar o dízimo não será excluído da comunidade por causa disso. E o que é o dízimo, afinal? É o fruto da consciência de nossa corresponsabilidade com a missão da Igreja. É um dever de gratidão a Deus por seu infinito amor, por sua providência que jamais falha.
O dízimo tem três finalidades. A primeira é a manutenção da casa de Deus. Nossas igrejas precisam ser limpas, ficar bonitas, bem decoradas, sinalizando, assim, a certeza de que nelas nos encontramos em família com o Pai do céu.
A segunda finalidade é a obra de evangelização. As ações missionárias da Igreja e a preparação dos missionários exigem custos. Ser dizimista é uma forma de ser missionário.
E terceira finalidade é o atendimento aos pobres. Comunidade cristã que se preze deve ter um serviço de atendimento e de socorro aos pobres.
E como deve ser pago o dízimo? A Igreja nos ensina assim: tire do seu salário as despesas com alimentação, com moradia, com a escola dos filhos etc. Do que restou, dê a décima parte. O ideal é que todos os que trabalham paguem o seu dízimo. O dízimo deve ser individual.
