Destacou o Cardeal Scherer em seu programa diário de rádio
Na quinta-feira, 4, a Igreja celebra a memória litúrgica de São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars, padroeiro dos padres. Na Arquidiocese de São Paulo, a data foi ocasião para a confraternização anual do clero, com uma missa que ocorreu, pela manhã, na paróquia pessoal coreana, no Bom Retiro, dedicada a Santo André Kim Degun.
E foi sobre este dois santos que o Cardeal Odilo Pedro Scherer falou na edição de hoje do “Encontro com o Pastor”, na rádio 9 de Julho.
UM HUMILDE E ZELOSO PASTOR
Referindo-se à São João Maria Vianney, Dom Odilo recordou que este padre francês, de destacada atuação no final do século XVIII, foi um sacerdote humilde e que exerceu seu ministério em uma pequena paróquia na cidade de Ars, em uma época na qual a comunidade local havia perdido a fé.
Padre Vianney aceitou o desafio de evangelizar nesta realidade, e vendo que ninguém ia à Igreja, ele foi ao encontro das pessoas. “Era uma região agrária. Ele, então, foi no meio dos campos ajudar a cortar feno, a fazer o pasto para os animais, conversava com os agricultores, com as pessoas na rua, e assim, pouco a pouco, foi conhecendo e ganhando a confiança das pessoas e convidando-as a voltarem para a Igreja”, recordou o Arcebispo, comentando, ainda, que o Santo fundou uma instituição voltada a meninas órfãs e pobres.
“A caridade, a oração, a penitência, a amizade e a proximidade com o povo fez uma grande diferença, e o povo começou a perceber que ali estava um padre bom, santo, próximo, que os amava e os queria bem”, complementou, recordando que gradualmente as pessoas em Ars voltaram para as missas, recorrem mais às confissões e acompanharam as pregações do Pároco.
JOVEM MÁRTIR COREANO
Ao falar sobre Santo André Kim Degun, o Arcebispo recordou que o Santo foi o primeiro coreano a ser ordenado padre, após o catolicismo ter chegado ao país no século XVIII. No entanto, era frequente a perseguição aos cristãos e o próprio sacerdote acabou martirizado um ano após o início de seu ministério.
Dom Odilo lembrou que com apenas 26 anos de idade, Santo André Kim Degun foi preso, julgado e condenado à morte por testemunhar a fé em Jesus e atuar em favor do povo, mas que o padre lançou as sementes para que atualmente haja muitos sacerdotes na Coreia, a ponto de alguns deles poderem ser enviados em missão para outros países, a fim de acompanhar pastoralmente os coreanos que vivem foram de sua terra natal.
“Hoje lembramos dois santos padres: São João Maria Vianney, um pároco admirável, zeloso, próximo do povo, um homem santo que atraia as pessoas para Deus. E Santo André Kim Degun, jovem, missionário e mártir, testemunha de Jesus Cristo até o fim. Dois exemplos de padres que confirmam a fé, confirmam a vida da Igreja e encorajam o povo a viver esta fé. Que estes sacerdotes santos intercedam pelos nossos sacerdotes em São Paulo. Precisamos muito que nossos padres sejam santos, fiéis a Deus e à sua missão, que sejam exemplos para o povo e a todos indiquem o caminho do Evangelho, o caminho que leva para Deus”, disse Arcebispo.
Por fim, neste mês dedicado às vocações, Dom Odilo pediu que os fiéis rezem pelas vocações sacerdotais, religiosas, missionárias e as laicais.
OUÇA A ÍNTEGRA DO PROGRAMA – 04.08.2022
