Oração, conscientização e ajuda concreta para mulheres jovens na luta contra o aborto

“Aborto é assassinato, é um pecado grave e uma ofensa a Deus. Todos os dias, muitas crianças são privadas do direito à vida, do direito de crescer como seres humanos”, disse o Padre Francis Nguyen Kim Phung, durante a missa celebrada recentemente na igreja de Thai Ha, na Arquidiocese de Hanói, na qual foram lembradas 22 crianças abortadas pelas mães. 

William Fortunato/Pexels

Após a missa, os restos mortais dos nascituros foram sepultados por membros do Grupo de Proteção à Vida no cemitério paroquial. Nessa mesma paróquia, outra missa foi celebrada pelo Padre Joseph Nguyen Van Huu para rezar por outras 24 crianças que foram privadas do direito à vida. Em sua homilia, Padre Joseph disse: “Muitas pessoas não sabem que o embrião já é um ser humano, por isso abortam com muita facilidade”. 

DIGNIDADE 

Em muitas paróquias do Vietnã, há grupos de voluntários que silenciosamente recolhem fetos abandonados de hospitais e celebram missas para eles, dando-lhes um enterro digno. Em particular, o Grupo de Proteção à Vida da Diocese de Xuan Loc enterrou 700 crianças não nascidas, independentemente de sua religião. Os fiéis rezaram no “Cemitério dos Nascituros”. 

O Padre Joseph Nguyen Van Tich, Capelão do Grupo de Proteção à Vida, queria construir um cemitério especial onde os nascituros pudessem descansar em paz e nos quais os fiéis possam rezar e pedir perdão a Deus pela prática do aborto. 

INICIATIVA 

Há sete anos, o Padre trabalha com os membros do grupo para recolher os restos mortais de crianças inocentes, visitando hospitais e clínicas para solicitar o sepultamento dos corpos dos bebês. Para realizar essa tarefa, ele insiste com médicos e enfermeiros: “Sou padre católico, acredito que fetos são seres humanos; não conde- no, não julgo, nem culpo ninguém. Só quero receber os bebês abortados para enterrá-los. Deixem-me levá-los, por favor”, continua. 

Até hoje, o “Cemitério dos Nascituros” abriga mais de 53 mil restos mortais de crianças. Este trabalho foi reconhecido pelo famoso jornal vietnamita Thanh Nien, da cidade de Ho Chi Minh, o segundo jornal mais difundido do país, que chamou o padre de “Pai dos nascituros”, concedendo-lhe uma medalha de honra. Ao receber o prêmio, o Padre Joseph Nguyen Van Tich respondeu: “É um trabalho que é apenas para a glória de Deus”. 

REALIDADE 

Entre as mulheres que optam por abortar no Vietnã, a maioria são mães jovens vítimas de abuso, mesmo na vida conjugal. Existem muitas razões – econômicas, sociais, culturais e psicológicas – que podem levar uma mulher a optar pelo aborto. 

Nas últimas semanas, o Grupo de Proteção à Vida realizou uma marcha pública para promover a proteção da vida e conscientizar as pessoas, especialmente as mulheres jovens, com a mensagem: “Dê amor. Não semeie a morte. Proteja a vida”. 

É preciso dizer que, para ajudar concretamente as jovens a não abortarem, o grupo arrecada fundos para auxiliar mulheres grávidas, muitas vezes em dificuldades econômicas, fornecendo-lhes apoio material, psicológico e espiritual. De acordo com estatísticas recentes, há cerca de 300 mil casos de abortos todos os anos no Vietnã, principalmente por meninas solteiras entre 15 e 19 anos. 

Fonte: Agência Fides

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