Ordenados diáconos para servir a Igreja na Eucaristia, na Palavra e na caridade

Na tarde do sábado, 9, pela imposição das mãos do Cardeal Scherer, 8 seminaristas foram ordenados diáconos

Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

“Enviai sobre eles, Senhor, nós vos pedimos, o Espírito Santo que os fortaleça com os sete dons da vossa graça, a fim de exercerem com fidelidade o seu ministério.” 

Em silêncio e ajoelhados no presbitério, oito jovens seminaristas ouviram este trecho da prece de ordenação diaconal, proferida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, na Catedral da Sé, no sábado, 9. 

A prece e a imposição das mãos pelo Arcebispo Metropolitano constituíram a parte central do rito de ordenação dos agora Diáconos Seminaristas Jonathan Aparecido Lopes Gasques, Pedro Paulo Pereira Funari, João Henrique Funari Fouto e Felipe Batista da Silva – da Arquidiocese de São Paulo –; e Celso Júlio da Silva, João Paulo Jäger, Sérgio Rafael Mourão da Silva e Flávio Lopes de Oliveira, dos Legionários de Cristo, instituto religioso clerical de direito pontifício de abrangência internacional. 

Diante da Catedral repleta de fiéis, o Cardeal Scherer afirmou, no começo da missa, ser esse um momento de “grande alegria, fé e gratidão a Deus pelas vocações”, mas, também, de oração para que sempre surjam novos vocacionados. 

NO SERVIÇO DO ALTAR, DA PALAVRA E DA CARIDADE 

Na homilia, o Arcebispo explicou que, no início da Igreja, os apóstolos, movidos pelo Espírito Santo e desejosos de dedicar mais tempo à oração e à pregação da Palavra, escolheram sete homens de bem para ajudá-los no serviço diário, em especial na prática da caridade com os mais pobres. Surgiu, assim, o diaconato. 

“Os diáconos são constituídos para o serviço do altar, da Palavra e de caridade”, ressaltou Dom Odilo, apontando, ainda, que essas três dimensões do servir são indissociáveis no diaconato, o primeiro grau da ordem presbiteral. 

“Sem o exercício da caridade, o exercício da Palavra se torna barulho vazio, como dizia Santo Agostinho. Sem a caridade, também a Eucaristia perde o sentido. Assim, não se pode separar uma coisa de outra”, afirmou, pedindo aos fiéis que rezem pelos novos diáconos, os vocacionados e todos os ministros ordenados, “para que sejamos fiéis ao dom e à missão que nos foi dada, para que possamos servir bem ao povo de Deus e para a edificação da Igreja viva: servir a Igreja na Eucaristia, na Palavra e na caridade”, enfatizou. 

O RITO 

O rito de ordenação começou após a proclamação do Evangelho, com a apresentação dos candidatos ao diaconato. Padre Sidnei Fernandes Lima, Vice-reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor, e o Padre André Delvaux, LC, Diretor Territorial dos Legionários de Cristo no Brasil, chamaram nominalmente cada um dos candidatos para que confirmassem a opção de se colocarem a serviço do povo de Deus. 

Após a homilia, os eleitos para a ordem diaconal assumiram publicamente, perante o Arcebispo, as exigências desse ministério: ser consagrado ao serviço da Igreja; desempenhar, com humildade e amor, o ministério diaconal como colaborador da ordem sacerdotal; guardar o mistério da fé e proclamá-la por palavras e atos; guardar para sempre o celibato; perseverar e progredir no espírito de oração; e imitar o exemplo de Cristo. Além disso, cada um deles prometeu respeito e obediência ao Arcebispo e a seus sucessores. 

Na sequência, com os diáconos prostrados no presbitério, foi entoada a Ladainha de Todos os Santos, após a qual se seguiu a imposição das mãos e a prece de ordenação feita pelo Arcebispo. 

Depois, cada um dos novos diáconos foi revestido da estola e da dalmática, como sinal do serviço ministerial para o qual foram ordenados. As vestes foram levadas a cada um deles por um familiar ou pessoa próxima escolhida pelo ordenando, que teve a ajuda de um padre para vesti-la. 

Já de volta ao presbitério, os oito novos diáconos receberam do Arcebispo o livro dos Evangelhos (foto abaixo) e, na sequência, o abraço da paz, primeiro de Dom Odilo, depois dos demais bispos e padres concelebrantes. 

GRATIDÃO E MISSÃO 

Na parte final da celebração, o Diácono Felipe, em nome dos novos ordenados da Arquidiocese, leu uma mensagem de agradecimento aos formadores, aos familiares e ao Arcebispo Metropolitano; o mesmo fez o Diácono Celso Júlio, pelos Legionários de Cristo. 

Na assembleia de fiéis, era perceptível a emoção dos familiares. “É um dia muito especial para mim. Criei meu neto desde criancinha, sempre o levei para a Igreja e até hoje ele só me deu alegria”, comentou Elenice Alves da Silva, avó do Diácono Felipe. 

Marcelo Funari, pai do Diácono Pedro e tio do Diácono João Henrique Funari Fouto, recordou à reportagem que os dois sempre vivenciaram intensamente a fé. “Ter dois vocacionados na família é uma graça muito grande de Deus. Hoje foi bonito ver a beleza da Igreja na vocação destes novos diáconos”, comentou. 

Antes da bênção final a todo o povo de Deus, aos novos diáconos e aos seminaristas da Arquidiocese que vivenciaram a Missão de Férias na última semana, Dom Odilo entregou aos diáconos seminaristas da Arquidiocese a cruz missionária. 

Dos novos diáconos seminaristas, Felipe e Jonathan irão para um período de missão na Diocese de Floriano (PI). Outros quatro diáconos seminaristas, ordenados em dezembro de 2021, farão similar experiência de missão: para a Diocese de Castanhal (PA) irão os Diáconos Nilo Massaaki Shinen e Lucas Antonio Martinez; e para a Diocese de Marabá (PA) irão os Diáconos Alan Santos e Cleyton Pontes Silva. 

VEJA COMO FOI A ORDENAÇÃO DIACONAL – 09/07/2022

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