Pesquisa revela em quais países a frequência às missas é maior

Cathopic

Uma compilação de novos dados pelo Centro de Pesquisa Aplicada ao Apostolado (CPAA) da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, lança luz sobre os países ao redor do mundo que têm os maiores números de comparecimento à missa.

Os pesquisadores do CPAA usaram dados da Pesquisa de Valores Mundiais (WVS), um grande estudo internacional sobre crenças religiosas realizado há décadas, para examinar 36 países com grandes populações católicas. Desses países, os pesquisadores os classificaram pela porcentagem de católicos autodenominados que dizem frequentar a missa semanalmente ou mais, excluindo casamentos, funerais e batizados.

De acordo com os dados, a Nigéria e o Quênia têm a maior proporção de católicos que vão à missa semanalmente ou mais, com a Nigéria como líder claro. 94% dos católicos na Nigéria dizem que vão à missa pelo menos uma vez por semana. No Quênia, o número foi de 73%, e, no Líbano, 69%.

O nível de comparecimento na Nigéria é notavelmente alto se for levado em conta o alto número de ataques violentos contra cristãos em todo o país nos últimos anos. Incidentes terroristas dentro de igrejas católicas não são raros; notavelmente, em junho do ano passado, homens armados que se acredita serem extremistas islâmicos abriram fogo contra fiéis católicos que participavam da missa de Pentecostes na Igreja Católica de São Francisco Xavier, no sudoeste da Nigéria, matando pelo menos 50 pessoas.

Fonte: CPAA

Mais da metade de todos os católicos frequentam as missas semanalmente ou mais nas Filipinas (56%), Colômbia (54%), Polônia (52%) e Equador (50%). Em 29 dos 36 países examinados, porém, menos da metade dos católicos autodenominados vão à missa dominical.

O número de católicos nos Estados Unidos que vão à missa semanalmente ou mais é de 17%, embora mais de três quartos dos católicos norte-americanos se considerem uma pessoa “religiosa”. 

Continuando a partir daí, os níveis mais baixos de frequência semanal foram observados na Lituânia (16%), Alemanha (14%), Canadá (14%), Letônia (11%), Suíça (11%), Brasil (8%), França (8%) e Países Baixos (7%).

“Pode-se supor que quanto mais católicos religiosos estiverem em um país, maior a probabilidade de frequentarem a missa com frequência”, escreveram os pesquisadores do CPAA.

“No entanto, não há uma forte correlação entre os números que se identificam como católicos ‘religiosos’ e a frequência constante à missa.”

“Embora pareça haver uma desconexão entre se identificar como uma pessoa religiosa e frequentar a missa semanalmente, há um terceiro fator que pode explicar a distribuição comparativa de ambos os atributos. Se você observou atentamente os países, pode ter notado algum agrupamento de ordem econômica”, escreveram os pesquisadores do CPAA.

“Nesta pequena amostra de países, podemos supor que o catolicismo é mais forte no que costuma ser chamado de mundo em desenvolvimento, enquanto parece estar se contraindo nos países ‘desenvolvidos’ mais ricos”, concluíram os pesquisadores.

Fonte: CNA – Catholic News Agency

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Francisco Cardoso
Francisco Cardoso
1 ano atrás

Isto é uma pesquisa, é claro!
Mas nos intriga: por que no Brasil a frequência é tão baixa?
Podemos imaginar muitas razões, mas uma que nos sobressai é que a Igreja no Brasil mais parece uma ONG.
Tudo é abordado numa missa, que se assemelham a reuniões chatas de condomínio; ou a uma mesa de clube, em que se discute de natureza, de política, de economia; menos de Deus e “suas coisas”!
Fala-se pouco do Mistério, do seu poder e beleza! Achamos que isto é velharia…
Sacerdotes tem preguiça de preparar a homilia e a transformam em monstrengos sem fim; não há incentivo a música sacra que muito nos eleva, e ao final tudo parece um jogral qualquer… Catequese virou sinônimo de política partidária e nas celebrações não existe mais! Não sabemos nem por que se ajoelha, se levanta, nem porque se faz o sinal da cruz…
Nós no Brasil erramos na dose e informalizamos em excesso o encontro com Deus na sua Casa! Informal por informal em nossa casa será sempre melhor! Logo, praquê ir a Igreja?
É uma pena!

Damianasantos3841@gmail.com
Damianasantos3841@gmail.com
1 ano atrás

Em relação a esse comentário. Eu discordo. Que o sacerdote prepara a missa de qualquer geito. E que você não teve a sorte q7e eu tive de ter padres com um carisma imaginário. To muito feliz com a espiritualidade dos padres que aqui passaram. Aproveitei muito os seu ensinamento. Tanto é que eu nunca precisei ir busca em outras igrejas .pois eu me encontrei na católica através do meu batismo. E ensinamento dos meus pais. Gratidão

Amarildo
Amarildo
1 ano atrás

Infelizmente muitos padres estão trocando jesus pelas avareza da vida esquecer usuário a pobreza ea simplicidade e é tão vivendo a isa ea luxúria , hoje nós não conseguimos enganar mais ninguém e aí sobra pra aquilo que a santo que a nossa igreja , infelizmente tem teria que tomar conta ainda está pior do que o sacerdote são os bispos arcebispo.

Pe. Everson Vianna
Pe. Everson Vianna
1 ano atrás

Esta afirmação é subjetiva e pode não ser verdadeira para todas as pessoas no Brasil. Algumas podem ter experiências positivas com a Igreja e sentirem que ela tem um papel importante na sua vida espiritual. É importante lembrar que as tradições e práticas religiosas variam em diferentes regiões e comunidades, e que não há uma única forma correta de praticar a fé. Cabe a cada indivíduo encontrar sua própria conexão com a espiritualidade e decidir como isso se encaixa em sua vida. Acredito que o grande questionamento é: QUE IGREJA QUE ESTAMOS SENDO NÓS? Estamos acostumados a deixar o ímpeto entrar, falta-nos, muitas vezes, recordar e pôr em prática a recomendação de Jesus: “tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mt 7,5). Somos hábeis é apontar os defeitos de uma comunidade e, às vezes, de alguns grupos e pastorais, a recomendação de Jesus supramencionada, além de nos fazer olhar para nós e fazer um exame de consciência, se também nós de alguma maneira não estamos contribuindo para que os defeitos apontados existam; faz-nos refletir: “O que eu posso fazer de efetivo, ou tenho feito para combater esses males?”.
Ao invés disso, algumas vezes, ao ver que nada conseguimos, o que preferimos é nos afastar e como Pilatos lavamos as mãos diante das injustiças (cf. Mt 27,24). Será que está é a melhor opção? Será que isto que Jesus quer de nós? Será que esta é a única opção que resta? Não seria melhor olhar para a história da Igreja e buscar o exemplo de outros católicos (os santos) e ver como eles enfrentaram tudo isso e aplicar para nossa vida como referência. Infelizmente, preferimos agir mais por sentimentalismo do que com fé, nos prendemos mais nos defeitos das coisas e das pessoas e não somos capazes de enxergar quanta coisa boa existe e o que precisa ainda ser feito, falta-nos a atitude de fé de São Josemaria Escrivá que certa fez ao rezar o credo, afirmou: “Creio na Igreja Católica, apesar de mim e de ti”.
O que a Igreja precisa não é de pessoas que em riste apontem seus dedos, mas de cristãos comprometidos que entendam que o motivo de sua caminhada é Jesus, que aquilo que o traz a Igreja não é pessoas mais a sua fé de que Jesus é o Cristo, Filho do Deus vivo.
Vivemos em um século rico, onde o Senhor nos oferece tantos exemplos de Santos que conseguiram não só mudar a Igreja, mas o mundo com seu exemplo. Um destes exemplos é Madre Tereza de Calcutá que através do serviço aos pobres em um cantinho da Índia, dentro de um quartinho, cuidando de um monte de gente; mudou as estruturas e moveu corações. Está Santa certa vez quando perguntada: – Se você pudesse mudar algo na Igreja, o que mudaria? Respondeu sem titubear: “Eu mudaria a mim mesma!” ou então quando Ela, virando para alguns repórteres, disse: “Se você quer mudar o mundo vá para casa e ame a sua família”. O que nos falta é isto mudarmos a si para mudar as coisas e amar antes de tudo.
Existem problemas que a competência para mudar passam por ai, mudar a nós, na forma como lhe damos com as dificuldades, ser egoístas e esconder nossos talentos (cf. Mt 25,13-30), abandonando a Igreja não é o caminho, precisamos amá-la, apesar das dificuldades que nela encontramos.
É verdade que em alguns momentos precisamos deixar para trás, ou seja, não levar nada consigo: “Sacudi a poeira dos pés” (cf. Mc 6,11), isto é, não levar consigo o azedume, o rancor e a mágoa do povo que não quis nos acolher, pois isso pode causar em nós o desanimo perante a missão que o Senhor nos confia e nos fazer esquecer a nossa propriedade de ser sal e luz (cf. Mt 5, 13.14), portanto com paresia, anunciemos a Palavra, conscientes que como diz São João: “Maior é Aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (cf.1Jo 4,4).
Por fim, é preciso reconhecer quantas vezes negligenciamos nosso papel na Igreja, por isso, ofereço uma serie de perguntas que servirão como um exame de consciência para ver se estamos de fato fazendo algo ou só estamos maliciosamente vendo o circo pegar fogo e sendo covardes; vamos começar, você hoje, já parou para rezar pelo Papa e pelo seu pároco? Sua confissão está em dia, se você fosse pego de surpresa agora e fosse arrastado para Igreja você poderia comungar? Você tem um diretor espiritual? Você saberia me dizer quais são as quatro grandes partes do catecismo? Sabe explicar aqui algum ponto do credo? Lembre-se você pelo batismo foi incorporado no corpo místico de Cristo que é a Igreja, que tipo de católico ou melhor que tipo de Igreja você é? Faça esse exame de consciência e verás que não é só a comunidade que está bagunçada, mas a sua vida espiritual e amizade com Deus também e se os defeitos da comunidade te afastam da Igreja, imagina como tua vida está colocando em descredito o Evangelho e quantos não se convertem, porque você perdeu as propriedades de cristão, ou seja, ser sal e luz (cf. Mt 5, 13.14).

Maria Gomes
Maria Gomes
1 ano atrás

Por que o povo brasileiro vai tão pouco na igreja?! Porque aquilo que pregam não vivem. Simples assim. E isso serve para padres, leigos, etc.

Luis Eduardo Frisoni Jr
Luis Eduardo Frisoni Jr
1 ano atrás

Partindo do princípio inquestionável que todos buscamos a Salvação, nossa e de nossos irmãos e que a Santa Missa tem papel central em nossa vida cristã pois nela recebemos a Palavra e a Eucaristia , os 8% de frequência às missas é uma tragédia, representa simplesmente um fracasso insofismável nosso ( clero e leigos) como igreja no Brasil. A proclamação de sermos a maior nação católica do mundo é falaciosa à luz desta realidade. Ou encaramos estes dados com a dramaticidade que representam e focamos em uma cruzada sem precedentes para reavivar a chama do Sagrado , para sermos Sal da Terra e Luz do mundo, para combatermos a secularização e o relativismo, ou continuaremos marchando perdendo fiéis e relevância.