“Este é um dia histórico na vida de nosso país”. Assim se manifestaram os bispos católicos dos Estados Unidos diante da decisão da Suprema Corte Norte-Americana, na sexta-feira, 24, de derrubar decisões controversas sobre o aborto que permitiam até então a realização de tal prática no país.
“Por quase cinquenta anos, a América impôs uma lei injusta que permitiu a alguns decidir se outros podem viver ou morrer; esta política resultou na morte de dezenas de milhões de crianças pré-nascidas, gerações às quais foi negado o direito de nascer”, consta em outro trecho da declaração assinada pelo presidente da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos (USCCB), Dom José Gomez, e pelo Presidente do Comitê Pró-vida, Dom William Lori, na qual também pontua que o caso Roe versus Wade, “que legalizou e normalizou a tomada de vidas humanas inocentes”, marcou uma negação “grave” da verdade de que todos os homens e mulheres são criados iguais, “com direitos concedidos por Deus à vida, à liberdade e à busca da felicidade”.
A recente decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos derruba uma interpretação até então vigente que garantia nacionalmente que toda a mulher pudesse realizar o aborto no país assim que desejasse. A partir de agora, cada estado norte-americano passa a ter autonomia para decidir se a prática do aborto é proibida ou não em seu território.
Por enquanto, conforme informações do portal G1, 11 governos de estados comandados por políticos democratas já disseram que irão continuar a permitir tal prática. Nos 26 estados comandados por republicanos a tendência é que a prática seja proibida o quanto antes.
“Nós sustentamos que a Roe e a Casey (decisão de 1972 que reafirmou o direito ao aborto nos Estados Unidos) devem ser anuladas. A Constituição não faz referência ao aborto, e tal direito não é implicitamente protegido por qualquer disposição constitucional”, escreveu o juiz Samuel Alito, que redigiu o entendimento da Suprema Corte, deliberado por 6 votos a 3.
Fontes: G1 e Vatican Media em Inglês
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