Católicos que apoiam o aborto são advertidos a não receber a Eucaristia

Dom Salvatore Cordileone, Arcebispo de São Francisco, nos Estados Unidos, divulgou em carta pastoral aos fiéis

Canção Nova

O Arcebispo de São Francisco, nos Estados Unidos, Dom Salvatore Cordileone, divulgou, em uma carta pastoral, a respeito do mérito necessário para a recepção da Sagrada Comunhão, na qual insistia que qualquer católico que cooperasse com o mal do aborto deveria se abster de receber a Eucaristia.

“É fundamentalmente uma questão de integridade: receber o Santíssimo Sacramento na liturgia católica é expressar publicamente a fé e os ensinamentos morais da Igreja Católica e desejar viver de acordo com isso”, escreveu Dom Salvatore. “Todos nós falhamos de várias maneiras, mas há uma grande diferença entre lutar para viver de acordo com os ensinamentos da Igreja e rejeitar esses ensinamentos.”

A carta vem na esteira da crescente cobertura da mídia norte-americana – incluindo o Washington Post e a Associated Press – sobre se o presidente Biden, um ferrenho promotor do aborto e de seu financiamento, deve ser admitido à Sagrada Comunhão na Igreja Católica.

TEOR DA CARTA

Em sua carta, há uma seção especificamente dedicada a funcionários públicos católicos que defendem o aborto.

“Você está em posição de fazer algo concreto e decisivo para impedir a matança”, disse ele. “Por favor, pare de matar. E pare de fingir que defender ou praticar um grave mal moral – que extingue uma vida humana inocente, que nega um direito humano fundamental – é de alguma forma compatível com a fé católica. Não é. Por favor, retorne para a plenitude de sua fé católica.”

De acordo com o antigo ensino da Igreja delineado pelo Arcebispo, a cooperação formal e a cooperação material imediata com o mal, como no caso do aborto, impedem que alguém receba a Sagrada Comunhão. “O ensino e a disciplina da Igreja sobre a dignidade de receber a Sagrada Comunhão têm sido consistentes ao longo de sua história, desde o início”, observou o Arcebispo.

“No caso de figuras públicas que se identificam como católicas e promovem o aborto, não estamos lidando com um pecado cometido por fraqueza humana ou um lapso moral: esta é uma questão de rejeição persistente, obstinada e pública do ensino católico”, escreveu ele. “Isso adiciona uma responsabilidade ainda maior ao papel dos pastores da Igreja em cuidar da salvação das almas”, concluiu. (JFF)

Fonte: CNA – Catholic News Agency

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Giuseppe Roberto
Giuseppe Roberto
2 anos atrás

Reflito desde de jovem sobre a eucaristia, quando um padre disse que “aquele que se sentir preparado a comungar” e ao mesmo tempo ” Este é cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo ” e penso que quando Jesus instituiu a eucaristia, não fez restrição nenhuma, e a igreja em nome da tradição faz várias restrições, e não são todos os padres que o fazem….