Em 2019, número de abortos bateu recorde na Inglaterra e País de Gales

Grupos pró-vida lamentam que prática esteja se tornando normalizada sob a falsa retórica de ser ‘simples e segura’

Um número recorde de abortos foi registrado na Inglaterra e País de Gales em 2019, de acordo com dados oficiais divulgados no dia 12. Um total de 209.519 abortos foram feitos, o que representa o maior número desde a legalização da prática no Reino Unido em 1967, 4.224 a mais do que em 2018. 

Antonia Tully, diretor das campanhas da Sociedade para a o Proteção dos Bebês não Nascidos, descreveu os dados como “uma tragédia nacional”.

“Esses terríveis números mostram a nós que o aborto está se tornando cada vez mais normalizado. Propagandas que dizem às mulheres que o aborto é ‘simples e seguro’, junto a um mais fácil acesso a pílulas abortivas, estão aumentado o número de abortos”, afirmou Antonia.

Os dados do Departamento de Saúde e Assistência Social da Inglaterra mostram que o número de abortos no país aumentou em todas as faixas etárias a partir dos 25 anos. O aumento mais significativo ocorreu em mulheres entre 30 e 34 anos, que, em 2019, realizaram 15,7% mais abortos por mil mulheres do que em 2009.

Em 2019, 40% das mulheres que realizaram abortos já haviam passado pelo mesmo procedimento antes, um número 6% maior que o de 2009. No ano passado, 52.335 abortos foram feitos em casa, o que representa 36% do número total. Além disso, 3.183 abortos ocorreram por deficiências detectadas nos bebês.

Houve 126 abortos “selecionados”, nos quais o médico escolhe qual bebê será morto em uma gravidez com muitos bebês.

Outro dado é que 1.014 mulheres do Irlanda do Norte viajaram para o Reino Unido para abortar.

Liz Parsons, diretora da organização Life Charity, afirmou estar “extremamente chocada” com os números: “Estou chocada que, pelo segundo ano seguido, vimos um crescimento substancial no número de abortos”.

“Não pode haver dúvida que esse aumento significativo se deve, em parte, à retórica constante da indústria do aborto, que o descreve como um ‘necessário procedimento médico’ e oferece um acesso a ele ‘mais rápido e fácil’. Infelizmente, estamos vendo que dois em cinco abortos foram feitos por mulheres que já o fizerem pelo menos uma vez anteriormente”, afirmou Liz.

“Num período único da história em que estamos focados em salvar vidas, não podemos nunca esquecer que o aborto resulta na perda de uma vida e que, no ano passado, 210 mil bebês perderam suas vidas pelo aborto”, concluiu.

(Com informações de ACI e The National Catholic Register)

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