Em Bangladesh, treinamento em música litúrgica visa a sanar incorreções nas celebrações 

A Comissão dos Bispos Católicos para Liturgia e Oração promoveu um treinamento de sete dias para garantir que os músicos executem corretamente as canções litúrgicas durante as celebrações. Entre os participantes estavam dois padres, 11 freiras e muitos leigos, representando oito dioceses católicas de Bangladesh. 

Lilia Macías/Cathopic

Os participantes aprenderam conceitos básicos relacionados à liturgia, à devoção e à importância da música litúrgica. Eles praticaram notações corretas de músicas fornecidas pelos treinadores. Também foram treinados para selecionar canções apropriadas para ocasiões como batizados, casamentos, funerais e festas. 

“Vimos que o significado e o propósito das músicas mudam se as palavras forem usadas incorretamente. Os instrumentos musicais devem ajudar a música litúrgica. Eu nunca soube quais músicas deveriam ser selecionadas para uma determinada liturgia e para diferentes partes da Santa Missa. Isso foi um aprendizado valioso para mim no treinamento”, disse Ruma Brizita Biswas, líder do coral da Catedral São José, na Diocese de Khulna, no sul de Bangladesh. 

FORMAÇÃO 

A formação nacional é um programa anual realizado desde a década de 1970 com o objetivo de tornar a liturgia mais participativa e harmoniosa, afirmou o Secretário da Comissão, Padre Peter Chanel Gomes. 

Ele disse que o objetivo era trazer disciplina à liturgia e à música da igreja em Bangladesh, de acordo com os ensinamentos do Concílio Vaticano II.  “Existem problemas na liturgia e na música em nível diocesano e paroquial. A utilização de letras e melodias incorretas e o uso excessivo de instrumentos musicais, seleção inadequada de canções, principalmente durante a missa, são os principais problemas”, disse o Padre Peter. O Concílio Vaticano II permitiu a inculturação da liturgia e da música, “mas precisamos garantir que tudo seja disciplinado”, concluiu o Padre. 

Bangladesh tem cerca de 400 mil católicos em uma população de mais de 160 milhões na nação de maioria muçulmana.

Fonte: UCA News 

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