Dados levantados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU apontaram que cerca de 2 mil pessoas morreram nos primeiros seis meses do ano tentando fugir de países da África e do Oriente Médio para atravessar o Mar Mediterrâneo e chegar à Europa.
Segundo a OIM, o número de mortos é crescente e a grande maioria dos migrantes provém da Tunísia, Líbia e Síria, sendo que os dois últimos são países devastados pela guerra. Na Líbia, a escravidão e o comércio de pessoas voltaram a ocorrer nos últimos anos, sobretudo após a guerra civil que derrubou a ditadura de Muammar Al Gaddafi, em 2011.
Os migrantes tentam fugir em barcos improvisados, que não são feitos para enfrentar o alto-mar. Quando ocorre um naufrágio, as autoridades demoram para prestar socorro e as organizações humanitárias que tentam ajudar podem ser processadas por leis anti-imigração da União Europeia, que no mês passado fechou um acordo histórico para tratar da questão.
O número de mortos divulgado se refere apenas às embarcações que foram catalogadas. No entanto, muitos naufrágios são considerados “fantasmas”, com mortes que não chegam a ser descobertas. Apenas no navio Adriana, que afundou recentemente na costa da Grécia, 750 pessoas naufragaram, sendo que 580 morreram, entre elas centenas de crianças.
Fonte: Geopolítica Hoje
