Haiti: Centenas de detentos escapam de presídio e violência aumenta na capital

Digitam Democracy/ACN

Centenas de prisioneiros escaparam da Penitenciária Nacional do Haiti, na capital, Porto Príncipe, após o início dos combates no sábado, 2, de acordo com uma fonte policial.

Um dos Sindicatos da Polícia do Haiti pediu a todos os agentes da capital com acesso a carros e armas para ajudar a Polícia a lutar para manter o controle da penitenciária, e alertou que se os agressores tivessem sucesso “estamos acabados. Ninguém será poupado na capital porque haverá 3 mil bandidos extras agora efetivos”, segundo o comunicado.

Várias fontes de segurança disseram que o mais recente aumento de violência, que teve como alvo as delegacias de polícia, o aeroporto internacional e a Penitenciária Nacional, não tem precedentes nos últimos anos.

Na sexta-feira, dia 1°, o líder da gangue haitiana Jimmy Cherizier, também conhecido como Barbecue, disse que continuaria seu esforço para tentar destituir o primeiro-ministro Ariel Henry.

Cherizier é um ex-policial que lidera uma aliança de gangues. Ele enfrentou sanções das Nações Unidas e do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

A frustração pública, que vinha crescendo contra Henry devido à sua incapacidade de conter a agitação, explodiu depois que ele não conseguiu renunciar no mês passado, citando a escalada da violência.

Segundo um acordo anterior, ele havia se comprometido a realizar eleições e transferir o poder até 7 de fevereiro. Os líderes caribenhos disseram que o primeiro-ministro haitiano concordou em realizar eleições gerais até 31 de agosto de 2025.

Os recentes combates ocorreram quando Henry visitava o Quênia para finalizar os detalhes com o presidente queniano, William Ruto, para o esperado envio de uma missão multinacional de apoio à segurança para o Haiti.

Gangues em guerra controlam grande parte de Porto Príncipe, bloqueando linhas de abastecimento vitais para o resto do país. Os membros de gangues também aterrorizaram a população metropolitana, forçando mais de 300 mil pessoas a fugir de suas casas em meio a ondas de assassinatos indiscriminados, sequestros, incêndios criminosos e estupros.

Fonte: CNN Brasil

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