No Chile, Igreja pede ‘voto com consciência’ para a nova Constituição

Convencion Constitucional/Reprodução 

No dia 4 de setembro, os chilenos são chamados a aprovar ou rejeitar o texto da nova Constituição do país, marcando a última etapa de um longo processo que começou com protestos de rua e violência em outubro de 2019. 

Em 11 de março, Gabriel Boric, 36, líder estudantil daqueles protestos, tomou posse como presidente do Chile, com o objetivo de reformar radicalmente a estrutura sociopolítica do país. Após sua eleição, ele convocou uma reunião com os representantes das diferentes confissões religiosas. 

Os bispos chilenos se reuniram de 18 a 22 deste mês para estudar a proposta do documento constitucional à luz da Doutrina Social da Igreja, e no final do encontro ofereceram suas diretrizes para “iluminar a consciência de todos com a Palavra de Deus, especialmente daqueles que professam a fé cristã”. 

“Apreciamos o texto constitucional em sua proposta sobre direitos sociais, meio ambiente e reconhecimento dos povos indígenas. Fazemos uma avaliação negativa das normas que permitem a interrupção da gravidez, as que deixam em aberto a possibilidade da eutanásia, as que desfiguram o conceito de família, as que restringem a liberdade dos pais de ensinar os filhos e que impõem algumas limitações ao direito à educação e à liberdade religiosa. Consideramos que introduzir o aborto seja particularmente grave, o que o texto da proposta constitucional chama de ‘direito à interrupção voluntária da gravidez’”, escreveram. 

Fonte: Agência Fides 

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