Papa Francisco inicia viagem ao Canadá

Uma “peregrinação penitencial”, com o convite para “Caminhar Juntos”, caracteriza esta 37ª Viagem Apostólica de Francisco, que tem como palavras-chave: proximidade, perdão, reconciliação, fraternidade, esperança

Foto: Vatican Media

Foram 8.430 km a bordo do A330/AZ² da Ita Airways, percorridos em cerca de 10 horas e 10 minutos, até que o avião tendo a bordo o Papa Francisco aterrissasse na pista do Aeroporto Internacional de Edmonton, no Canadá.

Antes que descesse do avião, o Pontífice foi saudado pelo Núncio Apostólico no Canadá, Dom Ivan Jurkovič, e pelo chefe do Protocolo. Depois, em cadeira de rodas, Francisco foi conduzido a um hangar para a cerimônia de boas-vindas na presença da governadora-geral do Canadá Mary May Simon, do primeiro ministro canadense Justin Trudeau, lideranças indígenas e autoridades civis e eclesiásticas. Mas antes das saudações, indígenas entoando cantos com instrumentos tradicionais. Depois, muito sorridente, e com uma escuta atenta, a troca de saudações e presentes com chefes indígenas.

Após o breve encontro com as autoridades civis do Canadá, Francisco dirige-se para o Seminário São José, distante 31,1 km, onde repousa neste primeiro dia em terras canadenses, afinal há diferença de fuso horário de 8 horas entre Roma e Edmonton.

O Papa começa suas atividades na segunda-feira em Maskwacis – distante 100 km – onde às 10 horas encontrará os povos indígenas Primeiras Nações, Métis e Inuit.

À tarde será a vez de  encontrar outro grupo na Igreja do Sagrado Coração dos Primeiros Povos, distante 4,4 km, bem como membros da comunidade paroquial. Na ocasião, abençoará uma estátua de Santa Kateri Tekakwitha, a primeira nativa da América do Norte reconhecida como Santa pela Igreja Católica.

SAUDAÇÕES ESPECIAL AOS AVÓS

Como costuma fazer logo no início da suas viagens apostólicas, o Papa saudou os cerca de oitenta jornalistas de mais de 10 países a bordo do voo que o levou ao Canadá. Em particular, recordou do Dia Mundial dos Avós e dirigiu-se à jornalista mexicana Valentina Alazraki, que desde 1979 acompanha os voos papais, e que esteve ausente nas últimas viagens.

“Bom domingo a todos, sejam bem-vindos; obrigado por este serviço e também pela companhia: vivo-a como uma companhia… Obrigado pelo vosso trabalho. Gostaria de saudá-los, como sempre: acho que conseguirei me mover, podemos ir”, disse Francisco logo após a introdução feita pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, acresentando: “Estejamos atentos nesta jornada: como [Matteo] disse, é uma jornada penitencial, vamos fazê-la com este espírito. Saúdo também a decana [a jornalista Valentina Alazraki]: ela está de volta, depois de algumas viagens ausente. Está lá no fundo. Bom domingo”.

O Papa então, pediu que todos recordassem hoje de modo especial de seus avôs e avós, vivos ou falecidos, pois “deles recebemos tantas coisas, antes de tudo a história”:

Eu gostaria que hoje… não há Angelus, mas vamos fazer aqui, o Angelus… É o dia dos avós: os avôs, as avós, que são aqueles que transmitiram a história, as tradições, os costumes e tantas coisas, não? Hoje é preciso voltar aos avós – direi isso como um leitmotiv – no sentido de que os jovens devem ter contato com os avós, pegar deles, retomar as raízes, não para ficar ali, não, mas para levá-los em frente, como a árvore que tira força das raízes e a leva adiante nas flores nos frutos. Sempre me lembro daquele poema de [Francisco Luis] Bernárdez: tudo o que a árvore tem de flor vem do que ela tem de enterrado, que são os avós. E gostaria também de recordar, como religioso, os religiosos e religiosas idosos, os avós da vida consagrada: por favor, não os escondam, são a sabedoria de uma família religiosa; e que os novos religiosos e religiosas, os noviços, as noviças tenham contato com eles: eles nos darão toda a experiência de vida que nos ajudará muito a seguir em frente… Por isso, cada um de nós temos avôs, avós, alguns já se foram, outros estão vivos, mas lembremo-nos deles hoje de uma forma especial: recebemos tantas coisas deles, em primeiro lugar a história. Obrigado.

Fonte: Vatican News

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