Venezuela. Uma paróquia missionária e em saída para os novos tempos

“Vivamos com os últimos, rezemos com eles, com todos, buscando o bem comum, a fraternidade dos filhos e filhas de Deus e a amizade social, sempre de acordo com os critérios do Evangelho. Se fizermos isso, poderemos dizer que o exercício assíduo da sinodalidade é uma grande contribuição dos cristãos católicos para a vida civil e pública”: lê-se na mensagem final da Assembleia Nacional de Pastoral, realizada de 8 a 10 de julho, sobre o tema “Uma paróquia missionária em saída para os novos tempos”

Vatican Media

“A paróquia que sonhamos é chamada a evangelizar e a ser evangelizada, a ser comunidade de comunidades, sustentada pela espiritualidade de comunhão, a celebrar os mistérios da fé como fonte de comunhão e missão, solidária e comprometida com todos, sobretudo os mais necessitados, realizando obras de caridade, prestando atenção às mudanças culturais, incentivando a promoção humana e o desenvolvimento integral, e incidindo na transformação das estruturas excludentes e depredadoras da Casa Comum.”

Este é um dos pontos (nº 7) da mensagem final da II Assembleia Nacional de Pastoral, realizada de 8 a 10 de julho, sobre o tema “Uma paróquia missionária em saída para os novos tempos”.

Conversão “pessoal, eclesial, pastoral e social”

Cerca de 300 bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas e leigos se reuniram, virtualmente e em presença, “para escutar a voz do Espírito Santo, no exercício de escuta mútua, para sonhar com a paróquia que desejamos e discernir a vontade de Deus, em comunhão com o Magistério do Papa Francisco”.

Na mensagem final, destaca-se que “há muito tempo caminhamos juntos, em sinodalidade, uma prática que o Concílio Plenário da Venezuela impulsionou”, e o caminho preparatório desta Assembleia levou “a escutar, dialogar, discernir e dar frutos”, “agora continuamos caminhando com o compromisso de realizar as moções que o Espírito Santo despertou em nós”.

Destaca-se, portanto, a necessidade de uma conversão “pessoal, eclesial, pastoral e social”, que dinamizará os processos de evangelização e tornará as paróquias “autenticamente missionárias e em saída para os novos tempos”.

Renovação das estruturas pastorais

Partilhando as alegrias e sofrimentos do povo venezuelano, os participantes da Assembleia estão convencidos de que “podemos ter uma Venezuela mais fraterna, mais humana, onde haja justiça e paz”, razão pela qual “de cada uma de nossas paróquias, queremos ser construtores de um país com um tecido social mais justo e fraterno, queremos fazer nosso o chamado a sermos testemunhas do amor e ternura de Deus e animar a esperança de acordo com a opção missionária”.

“A paróquia ‘é chamada à conversão pastoral, a responder com criatividade, sob a guia do Espírito Santo, aos desafios do tempo presente, a ser comunidades fraternas onde todos se sentem amados e acolhidos, e a sair às periferias humanas e existenciais para proclamar Jesus Cristo ressuscitado, celebrando a fé e vivendo a caridade’.”

Depois de reafirmar que “a Igreja é sinodal e deve ser sempre em saída”, a mensagem pede a renovação das estruturas pastorais, a criação do Conselho Pastoral e Econômico em todas as paróquias, “como órgãos que dinamizam a ação evangelizadora, sempre abertos ao Espírito Santo, que inspirará novas estruturas que deem impulso à sinodalidade e à missão, bem como a novos ministérios orientados para a evangelização”.

Reconstrução do Pacto Educacional Global

Ademais, as paróquias “sejam ambientes seguros, onde as pessoas vulneráveis sejam salvaguardadas e protegidas” e um espaço privilegiado “para a reconstrução do Pacto Educacional Global”.

Na parte final, a mensagem convida: “Vamos ao encontro de nosso irmão, caminhemos juntos na escuta, no diálogo, no discernimento, na missão, criando uma nova cultura de consenso, onde todos estejam envolvidos como Igreja, Povo de Deus”.

“Vivamos com os últimos, rezemos com eles, com todos, buscando o bem comum, a fraternidade dos filhos e filhas de Deus e a amizade social, sempre de acordo com os critérios do Evangelho. Se fizermos isso, poderemos dizer que o exercício assíduo da sinodalidade é uma grande contribuição dos cristãos católicos para a vida civil e pública.”

Fonte: Vatican News

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