Desfazendo os ‘5 mitos’ sobre a Pastoral da Comunicação

Se existe um pensamento comum a quase todo “pasconeiro” é: “Será que estou fazendo certo?” Implementar a comunicação nas atividades de uma paróquia pode ser um grande desafio, principalmente se os agentes não compreenderem a verdadeira motivação da comunicação como uma pastoral dentro da comunidade.

Para saber se você está deslizando em sua missão, preste atenção nesta pequena lista e faça uma autoavaliação para identificar se algum ou alguns destes itens estão presentes na sua pastoral:

“Sem tempo para oração e palestras, a gente tem muita coisa pra fazer”

É muito comum que o acúmulo de atividades acabe por mecanizar a vivência da Pastoral. No entanto, cuidado: se não há espiritualidade e formação, sua pastoral se transformou em um departamento, e isso não é Pascom.

“Nunca trabalhou com comunicação? Então procura outra pastoral”

Jesus não exigiu especialistas na escolha dos Doze Apóstolos. Então, por que na Pascom isso deveria ser um critério? Muito mais importante do que ter profissionais de comunicação é ter pessoas com desejo de evangelizar e que estejam dispostas a aprender a fazer isso por meio das ferramentas disponíveis.

“Na minha paróquia só tem senhorinhas, não precisamos de Pascom”

A comunicação vai muito além das redes sociais e dos equipamentos tecnológicos. Toda forma de comunicação, como avisos, murais, folhetos e cartazes de eventos, pode ser articulada por uma equipe que o fará com a excelência de um chamado de Deus. Além disso, uma comunidade com pouca presença de jovens é aquela que mais precisa reforçar seus canais de alcance.

“Houve evento na paróquia? Nem fiquei sabendo”

A articulação é um dos pilares da Pascom. Nela se reconhece a importância da comunicação como elo entre todas as pastorais. A Pascom não se promove, mas projeta a comunidade como um todo. Por isso, é necessário criar canais que conectem todas as pastorais à equipe de comunicação paroquial, para que, por meio de sua missão, possam ampliar a divulgação de cada atividade e, ao mesmo tempo, fortalecer a unidade da comunidade.

“Isso tá bombando na outra paróquia. Bora fazer?”

As estratégias que estão gerando resultados positivos para outros grupos devem servir de inspiração e motivação para novos investimentos criativos. No entanto, é necessário avaliar se tais ações têm relevância e trarão resultados para uma comunidade específica. Cada paróquia possui uma identidade e isso precisa ser considerado ao criar e adaptar as ações pastorais.

E aí, identificou-se com uma ou mais situações? Calma, errar é a primeira condição para o progresso. Tendo identificado as falhas, é hora de começar um Plano de Ação para desenvolver sua paróquia no campo da comunicação. 

Siga o Diretório de Comunicação!

Um Plano de Ação da Pascom deve seguir as orientações do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil (Doc 99 da CNBB). O capítulo 10 deste documento destaca que a Pascom deve ser sustentada por quatro eixos: formação, articulação, produção e espiritualidade. “A Pascom, sustentada por esses eixos, deve incentivar a reflexão e estimular ações com sentido comunicativo, que conduzam à comunhão e à ação evangelizadora” (Doc. 99 da CNBB, nº 249).

Além do Diretório, a CNBB publicou um Guia de Implementação da Pastoral de Comunicação (GIPC), uma ferramenta indispensável para quem está dando os primeiros passos com a Pascom. Além de ser um subsídio que explica tudo sobre a missão da comunicação na dimensão religiosa, o Guia esclarece a importância da pastoral para toda comunidade paroquial: “A Pastoral da Comunicação é considerada a pastoral do serviço, da acolhida, pois sua finalidade não se encerra nas suas próprias atividades, mas ganha sentido quando contribui com as demais pastorais e os organismos da Igreja para dar visibilidade às ações evangelizadoras da Igreja.” (GIPC da CNBB nº 19)

Vale lembrar também que a Pascom Brasil possui diversos canais digitais, como site, Instagram e Facebook, com orientações sobre como implementar a Pastoral, além de dicas e calendário de produção de conteúdos para auxiliar o “pasconeiro” na manutenção dos canais. Todas as regiões episcopais também possuem uma equipe que certamente ficará feliz em saber do seu desejo de levar para sua comunidade um projeto maduro e eficiente de comunicação. Procure o coordenador da sua região.

Depois de ler tudo isso, que tal reunir seu grupo e compartilhar essa reflexão para que juntos possam avançar, sem erros, neste importante chamado de comunicar o Reino? Mãos à obra!

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Maria Aparecida Gomes de Noronha
Maria Aparecida Gomes de Noronha
2 meses atrás

Ótimo!