Assim afirmou o Cardeal Scherer na missa solene da festa da padroeira da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção

A Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção celebra nesta sexta-feira, 15, a festa de sua padroeira. Por essa razão, pela manhã, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, presidiu missa solene, com a participação de estudantes, professores e membros da direção da Faculdade, na igreja matriz da Paróquia Imaculada Conceição, na Região Ipiranga.
Dom Odilo, no começo da homilia, recordou que a Faculdade foi fundada em 1949, mas oficializada em 1950, ano em que foi proclamado o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, razão pela qual a instituição recebeu este nome.
A ASSUNÇÃO DE MARIA E A ESPERANÇA CRISTÃ

O Arcebispo Metropolitano lembrou que olhando para Nossa Senhora elevada ao céu em corpo e alma, “a Igreja vê a imagem daquilo que é chamada a ser aqui na terra”, seguindo o exemplo daquela que foi “fiel discípula, pessoa de fé, fiel à vontade de Deus, colaboradora com Deus nesta vida e, finalmente, levada a participar da plenitude da vida com Deus”.
Dom Odilo enfatizou a Assunção de Maria “é sinal daquilo que Deus planeja para toda a humanidade, chamada à participação e à plenitude da vida”, sendo Nossa Senhora, portanto, sinal profético do caminho a ser seguido por todo cristão neste mundo, ou seja, de acompanhar os passos daqueles que nos precederam na fé. “Ter a companhia daqueles que já chegaram lá e a sua intercessão, de maneira especial de Maria, glorificada no céu, para estar mais perto de Deus e assim estar mais perto de nós. Estando perto de Deus e de seu Filho glorificado, nosso Salvador, ela intercede por nós, é nossa mãe solícita”, prosseguiu.
TESTEMUNHO DE FÉ AO MUNDO

Ainda na homilia, o Cardeal Scherer destacou que o falecido Papa Francisco, ao falar das motivações para celebração deste Ano Santo, com o tema da esperança, insistiu que toda a humanidade deve recuperar o sentido da esperança para que não se desanime achando que o mundo está entregue ao caos, à guerra, às catástrofes ou às situações de injustiça.
“O cristão não pode perder a esperança, justamente porque ele crê Naquele que criou o mundo não para ser um caos, mas que tirou o mundo do caos. O ato da Criação foi justamente para colocar ordem no caos, fazer aparecer a beleza e, no fim de tudo, Deus viu que era tudo muito bom. Portanto, foi superado o caos, mas nós o introduzimos de novo na vida da humanidade”, explicou.
Dom Odilo ressaltou que os cristãos devem, sempre à luz do Evangelho, dar sinais de esperança no mundo, mas sem perder o foco de que a grande meta da vida é a de alcançar a pátria celeste, estar junto de Deus um dia de modo definitivo: “A nossa fé nos leva além. Não cremos apenas para este mundo, cremos naquilo que Deus nos promete. Por isso, o Papa Francisco diz que neste Ano Santo é importante que sejam recordadas as verdades eternas, aquilo que nos faz esperar para além desta vida, faz-nos esperar justamente nas promessas do Deus verdadeiro, fiel, santo, Deus que não nos engana e que nos indica por onde alcançar o bem”.
Por fim, o Arcebispo de São Paulo lembrou que todos na Igreja são chamados a falar, com convicção, de que creem na Ressurreição, na vida após a morte, sendo esta uma missão muito cara aos sacerdotes, aos que se dedicam a catequizar os demais irmãos e a todos que se aprofundam no estudo da Teologia.
“Que cresça a nossa fé na vida eterna, a nossa fé na ressurreição final, a nossa fé na vida após a morte”, exortou, destacando que é preciso crer nas promessas de Deus e na capacidade que Ele deu ao ser humano de fazer novas todas as coisas, à luz da fé, em benefício de toda a humanidade.
(Colaborou: Karen Eufrosino)