Na terça-feira de carnaval, eles deram testemunho público de fé e participaram da missa presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer

Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
Por ocasião do Jubileu 2025, os membros da Renovação Carismática Católica (RCC) da Arquidiocese de São Paulo peregrinaram à Catedral da Sé, na manhã da terça-feira de carnaval, 4, partindo do Pateo do Collegio, também na região central da cidade.
No curto percurso, centenas de membros da RCC da Arquidiocese entoaram cânticos e rezaram, transformando cada passo em um momento de profunda conexão com Deus.
Na Catedral Metropolitana – uma das 12 igrejas de peregrinação do Jubileu na Arquidiocese –, eles participaram do rito de peregrinação, conduzido pelo Cônego Helmo Cesar Faccioli, Auxiliar do Cura da Catedral; e, em seguida, da missa presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer e concelebrada pelo Cônego Helmo e o Padre Luiz Carlos Ferreira Tose Filho, Secretário do Arcebispo.

ANUNCIADORES DA ESPERANÇA
“Este Ano Jubilar nos convida a renovar o encontro com Deus. As peregrinações são ocasião para a renovação da profissão de fé e das promessas do Batismo; outra forma é abrir-se ao perdão de Deus, por meio da Confissão e cumprir o que recomenda a Igreja para que se obtenham as indulgências”, destacou Dom Odilo na homilia.
O Arcebispo comentou, ainda, que neste Jubileu todos são chamados a renovar a vida cristã e a adesão a Deus: “Busquemos crescer na fé, na esperança e na caridade, que são as três virtudes do nosso Batismo, essenciais para a nossa vida cristã”.
“Que o Ano Jubilar renove em todos nós a chama viva da esperança; que nos faça testemunhas da esperança de Deus, da esperança cristã para o mundo. Que sejamos, portanto, anunciadores dessa esperança para aqueles que não a têm”, destacou o Purpurado.

PEREGRINAR EM FAMÍLIA
Sissi Miki Nagatani Kamiya e Eduardo Hidelki Kamiya, membros da RCC há 20 anos na Paróquia São Gabriel da Virgem Dolorosa, na Região Santana, levaram as filhas Suzana, 20, e Raquel, 10, à peregrinação.
“A peregrinação representa o compromisso da RCC com a evangelização e a renovação espiritual. Peregrinar em família, neste ano especial de graça, é um momento de unidade com as duas famílias: a de sangue e a espiritual, que abraça e fortalece a fé”, destacou Sissi.

“Temos o hábito de rezar em casa e no Movimento. Hoje, externar nossa fé nesta caminhada representa a união da nossa família e um testemunho familiar para quem acompanha a peregrinação”, disse Raquel.
Já Suzana avaliou que o Ano Jubilar “é um marco para a nossa fé, renova a esperança, revitaliza a fé da família e representa o testemunho da presença dos jovens nos movimentos da nossa Igreja”.

CAMINHAR COM FÉ
Entre os peregrinos também estava Maria Aparecida Batista Alves, 62, que participa da RCC há 20 anos no Santuário Arquidiocesano da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, no Jaraguá, Região Brasilândia: “Este Ano Jubilar está sendo um divisor de águas na minha vida espiritual. Tenho me dedicado a acompanhar essa jornada com fé e amor. Sinto-me mais próxima de Deus”.
Já Anselmo Alves, 52, vivenciou a peregrinação de forma singular. Recém–chegado ao Movimento na Paróquia Nossa Senhora de Fátima e São Roque, no Sapopemba, Região Belém, ele destacou as mudanças que já sente em sua vida: “Estou conhecendo a RCC e tenho me identificado com a espiritualidade e o carisma. Sinto que estou tendo a oportunidade de revitalizar minha fé e me aproximar de Deus, como o bom filho que retorna à casa do Pai”.
“No dia a dia, caminhamos muito, mas esse caminhar com fé me trouxe paz e esperança”, complementou Anselmo.

O MOVIMENTO
Maria Helena Soriano, 62, coordenadora arquidiocesana da RCC, destacou ao O SÃO PAULO que a peregrinação neste Jubileu não é apenas um deslocamento físico, “mas um gesto de entrega e unidade, fortalecendo os laços entre os membros e reafirmando a missão do Movimento junto à Igreja e à Arquidiocese”.
Ela comentou, ainda, que quando as pessoas se encontram no amor de Deus tudo se transforma: “O Ano Jubilar é um momento de graça. A peregrinação é um ato de caminhar em busca do que nos santifica, oportunidade para aprofundar a fé, renovar nosso compromisso e responsabilidade frente à missão, carisma e espiritualidade do Movimento”.

A coordenadora também ressaltou a atuação da RCC nas paróquias da Arquidiocese como “sinal da presença vivificadora do Espírito Santo que age e transforma vidas. A oração e a espiritualidade do Movimento revelam a identidade e o jeito de ser e expressar a fé com unção”.
Maria Helena recordou que os cerca de 3,5 mil membros da RCC na Arquidiocese se empenham em evangelizar e promover ações missionárias e caritativas: “Em média, anualmente, são entregues 300 cestas básicas e itens de higiene pessoal, entre outras iniciativas”.
Atualmente, há cerca de 20 mil grupos de oração da RCC em todos os estados do Brasil, 4 mil dos quais em São Paulo.