Cardeal Odilo Pedro Scherer abençoa Hospital Santa Dulce dos Pobres

Inaugurada em abril, unidade hospitalar na região central da cidade recebeu o nome da Santa nesta quarta-feira, 16

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, abençoou na tarde desta quarta-feira, 16, as dependências do Hospital Municipal Santa Dulce dos Pobres, na região central da cidade.

Inaugurado em 18 de abril deste ano, como unidade de referência para pacientes suspeitos e confirmados de COVID-19, o Hospital Municipal da Bela Vista mudou de nome nesta quarta-feira, conforme um decreto publicado no Diário Oficial do Município de São Paulo.

“Trata-se de uma homenagem a Santa Dulce, que tanto trabalhou pela população mais desamparada em Salvador e de todo o Brasil e é uma grande referência para todos que atuam na luta e ao lado da população em situação de rua”, afirmou Covas.

O Hospital Santa Dulce dos Pobres possui 124 leitos intensivos e semi-intensivos, alguns dos quais já nos próximos dias se tornarão exclusivos para atendimento à população em situação de rua.

“Inicialmente serão 20 leitos, para atender essa população que tem questões específicas, em especial relacionadas a complicações respiratórias e de saúde mental. A ideia é que não haja apenas um atendimento específico à população em situação de rua, mas, também, que o conhecimento adquirido aqui possa ajudar, posteriormente, na capacitação de todos os demais hospitais, UPAS, AMAS e UBSs na cidade para atender as especificações dessa população”, informou o prefeito.

Conforme dados da Prefeitura de 2019, há na cidade de São Paulo aproximadamente 24 mil pessoas em situação de rua, especialmente concentradas na região central.

‘Uma bênção para a cidade’

Na visita ao hospital, o Cardeal Scherer esteve acompanhado de Dom Eduardo Vieira dos Santos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, e do Padre Júlio Lancellotti, Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua. Outras autoridades municipais também participaram, como Edson Aparecido, secretário de Saúde, e Berenice Giannella, secretária de Assistência e Desenvolvimento Social.

Após abençoar as dependências do hospital, o Cardeal fez rápida declaração em coletiva de imprensa e parabenizou a Prefeitura pela iniciativa de manter um hospital com foco de atendimento na população em situação de rua.

Dom Odilo lembrou que as pessoas que habitam as ruas são os mais pobres entre os pobres, vivem muitas vezes desamparadas e doentes. Nesse sentido, o Arcebispo comentou que a inauguração do Hospital Santa Dulce dos Pobres “é uma grande bênção para eles, mas é, também, uma bênção para a cidade, pois uma cidade que cuida bem dos seus doentes, certamente será abençoada por Deus. Quando se cuida dos pobres, dos doentes, dos mais frágeis, se dedica o melhor da administração pública, pois o poder público deve olhar com especial atenção para os mais desamparados, para os mais necessitados”.

Dom Odilo também recordou a dedicação de Santa Dulce aos pobres e doentes, e afirmou que a Santa olhará com atenção e solicitude para o hospital e para todos que ali trabalham e são atendidos.

Covas agradeceu pelo trabalho realizado pela Igreja em prol da pessoas em situação de rua, e de modo especial ao empenho do Padre Júlio Lancellotti, Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese, que, segundo o prefeito, rotineiramente cobra das autoridades melhorias nas condições de vida desta população.

Santa Dulce dos Pobres

(crédito: Vatican Media)

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador (BA). Aos 13 anos, manifestou o desejo de se consagrar a Deus. Já naquela época, inconformada com a pobreza, amparava miseráveis e carentes.

Aos 18 anos, recebeu o diploma de professora e entrou para a Congregação da Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Em 13 de agosto de 1933, recebeu o hábito religioso e adotou, em homenagem a sua mãe, o nome de Irmã Dulce.

Durante toda a sua vida dedicou-se aos mais pobres. O ‘Anjo bom da Bahia’ como se tornou conhecida, morreu em 13 de março de 1992, aos 77 anos de idade. Irmã Dulce foi canonizada pelo Papa Francisco em 13 de outubro de 2019. Sua memória litúrgica é celebrada anualmente em 13 de agosto.

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Elza Maria Maciel
Elza Maria Maciel
3 anos atrás

Merecida homenagem ao anjo bom da Bahia, carinhosamente,a Doce Irmã Dulce a nossa Santa irmã Dulce dos pobres, Rogai por nós, graças a Deus Vivi pra ter a alegria de saber que a promessa se cumpriu, agradeço a Deus por ter enviado este espírito de irarquia Celeste na minha geração,Paz e bençãos 🙌🙏