Colunas da Igreja, São Pedro e São Paulo testemunham firmemente a fé

Solenidade dos dois apóstolos foi celebrada pelo Cardeal Scherer no domingo, 28 de junho, em missa na Catedral da Sé

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, celebrou no domingo, 28 de junho, na Catedral da Sé, a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, dia também de se recordar do Papa e rezar por ele.

Pela primeira vez após as recomendações de retorno gradual das missas com a presença dos fiéis na Arquidiocese, publicadas em 24 de junho, uma pequena quantidade de pessoas participou presencialmente da celebração, seguindo todos os protocolos de higiene e segurança recomendados pelas autoridades sanitárias.

“Esperamos que o quanto antes essa pandemia seja superada e que as igrejas possam estar cheias novamente. Por enquanto, porém, com toda a precaução, ainda vamos cuidando para que esse retorno com poucas pessoas não seja ocasião de difusão do coronavírus nas nossas igrejas. Por isso, recomendamos que as pessoas de idade avançada e que fazem parte do grupo de risco se cuidem e permaneçam em casa”, afirmou Dom Odilo.

PAULO E A DEDICAÇÃO A CRISTO

Na homilia, o Cardeal Scherer recordou que a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo também é uma oportunidade de festa para a Arquidiocese que tem o nome de São Paulo, localizada na cidade que surgiu devido à missão dos jesuítas.

O Arcebispo de São Paulo, baseando-se nas leituras propostas para a liturgia do dia, reforçou o papel fundamental de Paulo, que, após a sua conversão, se dedicou inteiramente a Cristo, ao Evangelho e à missão de levar o testemunho de Jesus a todos os povos.

Ao falar da despedida de Paulo, descrita na 2ª Carta a Timóteo, Dom Odilo lembrou ser “um testemunho muito vigoroso de alguém que doou tudo de si para Cristo e pelo Evangelho, confiou plenamente em Jesus e que tudo valeu a pena. Portanto, é uma entrega inteira e total por Cristo, sem reservas e na plena confiança nas promessas do Evangelho e nas promessas de Jesus”.

O TESTEMUNHO DE PEDRO

Dom Odilo, fazendo referência ao Evangelho, também recordou o testemunho de fé de Pedro, escolhido pelo próprio Jesus para ser a “pedra” fundamental da Igreja. O Arcebispo lembrou que a Igreja foi edificada sobre o testemunho dos apóstolos em Jesus, e qualquer outro fundamento humano, por mais poderoso que seja, não resistiria ao tempo.

“O Espírito Santo edifica sua Igreja e é sobre este firme testemunho de Pedro, confirmado por Jesus, que a Igreja se edifica no dia a dia, ao longo dos séculos, já por 2 mil anos. É a profissão de Pedro em Jesus, filho de Deus, ungido de Deus e Salvador vindo a este mundo que a Igreja está edificada. Qualquer outro fundamento seria frágil.”

O Cardeal afirmou que os apóstolos são testemunhas da fé no Cristo e por isso a Igreja é apostólica, para dar continuidade a esse testemunho, transmitido com fidelidade de geração em geração. Pedro e Paulo, destacou Dom Odilo, professaram essa fé não só com palavras, mas com o testemunho e dedicação, até chegarem ao martírio.

UNIDADE DA IGREJA

O Cardeal Scherer lembrou que a missão dos apóstolos nunca deixou de ser exercida ao longo do tempo, e recordou que o Papa Francisco, sucessor de Pedro, e os bispos, sucessores dos apóstolos, têm a missão de manter a Igreja unida, dinâmica e missionária a exemplo dos apóstolos.

“Não podemos deixar de lamentar que em nossos dias existam movimentos e expressões que pregam a divisão na Igreja. Nós temos liberdade de falar e discordar entre nós, sobre certas atitudes ou ações, mas nunca podemos discordar e nos dividir em torno daquilo que é o essencial na vida da Igreja e da nossa profissão de fé, que é essencial também para aqueles que exercem a autoridade na Igreja, em beneficio da comunidade de fé e da sua missão”, afirmou.

Dom Odilo enfatizou, ainda, que os católicos devem estar unidos em torno do Papa: “Quem não está com o Papa não está com a Igreja. Ninguém duvide disso ou se deixe enganar por discursos, reflexões ou especulações que não fazem sentido e somente introduzem na Igreja o escândalo, a divisão, a insegurança na fé. É uma grave irresponsabilidade de quem assim procede tentando dividir a Igreja”.

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