Comissão para as comemorações do centenário de Dom Paulo Evaristo é instituída

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Em decreto assinado no domingo, 25, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, instituiu a “Comissão do Centenário do nascimento do Cardeal Paulo Evaristo Arns, OFM”, que irá “preparar e coordenar a comemoração de tão significativa efeméride pela Arquidiocese de São Paulo, longamente servida por Dom Paulo”, consta em um dos trechos do decreto.

Caberá à comissão elaborar um programa de iniciativas colaborativas para comemorar o centenário de Dom Paulo, a ser aberto em 14 de setembro, quando ele completaria 100 anos de vida. As atividades poderão ser programadas ao longo de todo o ano centenário. O plano de comemorações deverá ser apresentado à Cúria Metropolitana até 15 de junho de 2021.

BIOGRAFIA

Dom Paulo Evaristo Arns nasceu em Forquilhinha, Criciúma (SC), em 14 de setembro de 1921. Ingressou na ordem franciscana (OFM) em 1939. Ordenou- -se presbítero em 1945, em Petrópolis (RJ). Frequentou a Sorbonne de Paris, onde se laureou em Patrística e Línguas Clássicas. Foi professor e mestre dos clérigos e jornalista profissional.

Em 1966, foi ordenado Bispo Auxiliar da Arquidiocese por São Paulo VI, que em 1970 o nomeou como 5o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, função que começou a exercer em 1o de novembro de 1970 e permaneceu até 1998, quando renunciou por motivo de idade. Em 1973, tornou-se cardeal por intermédio do Papa.

Conforme informações disponíveis no portal da Arquidiocese, assim que assume a Igreja em São Paulo, o Cardeal Arns “incrementa fortemente a participação dos leigos nos passos do Concílio Vaticano II. Realiza a Operação Periferia, vendendo o Palácio Episcopal, e assume destemida defesa dos direitos humanos, constantemente violados pela ditadura militar. Torna-se voz dos sem voz e arauto da justiça social em nossa pátria. É de sua responsabilidade a edição do livro e relatório ‘Brasil, nunca mais’, marco na luta contra a tortura”. Em seu episcopado como Arcebispo, criou 43 paróquias, incentivou e apoiou o surgimento de mais de 2 mil comunidades de base nas periferias da metrópole paulistana, particularmente nas atuais dioceses sufragâneas de São Miguel, Osasco, Campo Limpo e Santo Amaro, além das Regiões Episcopais Belém e Brasilândia.

LEIA A ÍNTEGRA DO DECRETO

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Márcio Anatole de Sousa Romeiro
Márcio Anatole de Sousa Romeiro
2 anos atrás

Lamento apenas que seja uma comissão de clérigos. Dom Paulo foi um bispo do Povo de Deus. O Patriarca de São amou os pobres e hoje é essencial para que Dá Igreja dos Pobres se chegue Ao Cristo da e na Atualidade. E você versa. Sua biografia ” canônica mente eclesialisticada” não dá conta desta dimensão