‘Confiemo-nos à Virgem de Guadalupe com fé e devoção, pois ela é a nossa Mãe’

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu na manhã deste sábado, 12, a missa da festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina e do Caribe.

A Eucaristia, celebrada na capela de residência arquiepiscopal, foi transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Nesta data, por iniciativa do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) e da Caritas da América Latina, também se celebra um dia de oração e solidariedade para com as vítimas da pandemia da COVID-19 e dos furacões que, recentemente, atingiram países deste continente.

História

Segundo antiga tradição, a imagem da Virgem de Guadalupe apareceu impressa no manto do índio Juan Diego em 1531, na cidade do México. Seu culto propagou-se rapidamente, muito contribuindo para a difusão da fé entre os indígenas.

Em 1754 Bento XIV confirmou o patrocínio da Virgem de Guadalupe sobre toda a Nova Espanha (do Arizona à Costa Rica) e concedeu a primeira missa e ofício próprios. Porto Rico a proclamou sua Padroeira em 1758. Em 12 de outubro de 1892 houve a coroação pontifícia da imagem, concedida por Leão XIII, que no ano anterior aprovara um novo Ofício próprio. Em 1910 São Pio X proclamou-a Padroeira da América Latina; em 1935 Pio XI designou-a Padroeira das Ilhas Filipinas; e em 1945 Pio XII deu-lhe o título de “Imperatriz da América”.

A veneração da Virgem de Guadalupe, solícita a prestar auxílio e proteção em todas as tribulações, desperta no povo grande confiança filial; constitui, além disso, um estímulo à prática da caridade cristã, ao demonstrar a predileção de Maria pelos humildes e necessitados, bem como sua disposição em assisti-los.

Mãe dos discípulos de Jesus

Na homilia, Dom Odilo ressaltou que a história de Nossa Senhora de Guadalupe expressa a solicitude de Maria, mãe da humanidade e dos discípulos de Jesus e, ao mesmo tempo, expressa a piedade e devoção daqueles que, pela fé, são seus filhos.

O Evangelho do dia narra a visita de Nossa Senhora a Isabel, que ao encontrar Maria, diz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?”

O Cardeal comparou a atitude de Isabel à do índio Juan Diego, que também se considerou indigno de receber a visita da Mãe de Deus. “Deus escolhe os humildes e Nossa Senhora também os escolhe”, disse o Arcebispo, recordando que as aparições da Virgem Maria ao longo da história sempre aconteceram a pessoas humildes, crianças, pobres, sofredores, pois ela “é a mãe que está junto de seus filhos” para os encorajar e consolar.

Consolo e confiança

Por fim, o Cardeal convidou todos a, nesses tempos difíceis, acolherem as palavras de Nossa Senhora de Guadalupe:

“Ouve e entende bem, meu filho mais pequeno, que aquilo que te assusta e aflige não é nada; não se perturbe o teu coração, não temas essa doença nem qualquer outra doença ou angústia. Não estou eu aqui, que sou tua Mãe? Acaso não estás sob a minha proteção e amparo? Não sou eu a tua saúde? Não estás porventura no meu regaço e entre os meus braços? De que mais precisas?”

“Confiemo-nos a ela com toda a fé, e toda devoção. Ela intercede por nós, é a nossa mãe, está junto do povo que recorre a ela”, concluiu Dom Odilo.

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