Dom Odilo destaca que crianças a adolescentes são sinais de esperança ao mundo

“Semeiem a esperança”, exortou Dom Odilo na Peregrinação das Pastorais do Menor e da Criança por ocasião do Jubileu 2025

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Crianças, adolescentes e representan­tes das Pastorais da Criança e do Menor da Arquidiocese de São Paulo peregrinaram à Catedral da Sé, na tarde do sábado, 24, par­tindo do Pateo do Collegio, na região central.

No trajeto, as crianças representaram o logotipo do Ano Jubilar, rezaram e entoa­ram cânticos, em profunda conexão com Deus.

Na Catedral Metropolitana Nossa Se­nhora da Assunção – uma das 12 igrejas de peregrinação do Jubileu na Arquidio­cese –, todos foram acolhidos pelo Cône­go Helmo Cesar Faccioli, Auxiliar do Cura da Catedral; e, em seguida, participaram da missa presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo.

JUNTOS PELA MISSÃO

“Não poderíamos não celebrar esse momento bonito de fé. Somos pastorais que atuam para garantir os direitos das crianças, adolescentes e suas famílias”, des­ tacou, ao O SÃO PAULO, Sueli Camargo, coordenadora da Pastoral do Menor da Arquidiocese, ao explicar a ideia de reunir as duas pastorais que atuam em prol das crianças e adolescentes.

“Estivemos em cerca de 550 crianças, adolescentes, famílias, educadores e lide­ranças das pastorais, juntos em peregri­nação. No Pateo do Collegio, fizeram uma grande ciranda, depois as crianças pere­grinando com as bandeiras das pastorais e das regiões episcopais, e com banners da sua pastoral”, disse Sueli, emocionada.

A coordenadora também recordou que adolescentes e jovens que cumprem medida socioeducativa de internação na Fundação Casa não puderam ir à Cate­dral, mas estiveram unidos a este momen­to de peregrinação: “Eles fizeram questão de expressar sua gratidão ao atendimento recebido e enviaram um presente artesanal ao Cardeal. É gratificante ver esses gestos”.

MANTER VIVA A CHAMA DA ESPERANÇA

“Que bom que vocês vieram a esta pe­regrinação! Este Ano Jubilar nos convida a renovar o encontro com Deus. As pere­grinações são ocasião para a renovação da profissão de fé e das promessas do Batis­mo. Também são oportunidades para bus­car o perdão de Deus por meio da Con­fissão e cumprir o que recomenda a Igreja para que se obtenham as indulgências”, afirmou Dom Odilo no início da homilia.

O Arcebispo reforçou que o Jubileu é um chamado à renovação da vida cristã e da adesão a Deus: “Busquemos crescer na fé, na esperança e na caridade, que são as três virtudes do nosso Batismo, essenciais para a nossa vida cristã”.

Ele também ressaltou a ação das Pas­torais da Criança e do Menor: “O seu tra balho nas pastorais mantém viva a chama da esperança que nasce da fé. Quem crê em Deus não desanima, acredita em Suas promessas e espera Nele, porque Deus não desilude”.

Ao término da homilia, Dom Odilo exortou: “Semeiem a esperança. Sejam vo­cês sinais de esperança. Deus vai abenço­ar seu trabalho nas pastorais. Que o Ano Jubilar renove em todos nós a chama viva da esperança; que nos faça testemunhas da esperança de Deus, da esperança cris­tã para o mundo. Que sejamos, portanto, anunciadores dessa esperança para aque­les que não a têm”.

CAMINHAR COM FÉ

Arthur dos Santos, 11, do CCA Vila Mendes, no Jardim Sinhá, no Distrito de Sapopemba, foi um dos que peregrinaram à Catedral da Sé. “Esta peregrinação para mim é o momento para me conectar com Deus”, disse.

Já Daniela Ferreira de Almeida, 15, ex­plicou que caminhar e rezar a deixa mais perto de Deus: “Costumo rezar todos os dias, pedindo a proteção de Deus. A pere­grinação é um momento para viver a fé e estar mais próxima de Deus, reafirmando a fé e renovando a esperança de dias me­lhores”.

Carlos Eduardo de Caralho Neves, 11, do CCA Santa Rita de Cássia, no Jabaqua­ra, disse que participar da peregrinação e carregar a cruz no trajeto representando o logo do Ano Jubilar foi uma bênção: “Nes­se momento de oração, passa muita coisa na cabeça. Gratidão e esperança de dias melhores é o que pedi a Deus”.

RUMO AO REINO

Padre Roberto Carlos Queiroz Moura, Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, ressaltou que o Ano Jubilar é um momen­to propício à vivência e expressão da fé: “Peregrinar com as crianças e adolescentes reanima a esperança e nos faz ter a certeza de que Deus caminha conosco. As crian­ças e adolescentes são chamadas a reavivar a esperança e sentirem-se protagonistas, ou seja, parte dessa caminhada rumo ao Reino de Deus”.

Assim como ele e o Cônego Helmo, o Padre Douglas da Silva Gonzaga, Assisten­te Eclesiástico Arquidiocesano da Pastoral do Menor, esteve entre os concelebrantes da missa: “Nesta peregrinação, as crianças e adolescentes são chamadas a compre­ender de forma lúdica os mistérios da fé. O ato de peregrinar, sair de suas casas, es­colas e paróquias os ajuda a entender que somos todos peregrinos de esperança”.

Irani Madalena de Sousa, coordenado­ra da Pastoral da Criança da Arquidioce­se, recordou que essa Pastoral atua desde 1983 para reduzir a mortalidade infantil, combater a má-nutrição e enfrentar a ex­clusão social. Em seu entender, a peregri­nação do último sábado foi “um gesto pú­blico de fé e um testemunho da presença ativa da Pastoral na garantia dos direitos das crianças”.

Cecília Stringhini, coordenadora da Pastoral do Menor do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Bra­sil (CNBB) destacou que peregrinar pelas ruas do Centro, com as crianças e adoles­centes, fortalece a esperança de um mundo melhor. “O Ano Jubilar é um momento de graça. A peregrinação é um ato de cami­nhar em busca do que nos santifica. É um momento de união, partilha e renovação da esperança. É uma caminhada para a santidade, para a vivência dos valores e da fé, essenciais à formação humana e espiri­tual das crianças e adolescentes”, declarou.

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