Dom Rogério preside missa nos 69 anos de dedicação da Catedral da Sé

‘Queremos agradecer a Deus por tudo o que esta igreja Catedral representa e possa representar para todo o povo de Deus’, disse o Prelado na terça-feira, 5

Catedral da Sé

Na manhã da terça-feira, 5, Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar na Região Sé, presidiu missa solene pelo 69º aniversário de dedicação da Catedral da Sé. 

A Eucaristia foi concelebrada por Dom Jorge Pierozan, Bispo Auxiliar na Região Santana, e sacerdotes da Arquidiocese, entre eles, o Padre Luiz Eduardo Pinheiro Baronto, Cura da Catedral.

No início da celebração, Dom Rogério manifestou a alegria em celebrar o aniversário da dedicação da Catedral. “Queremos agradecer a Deus por tudo o que esta Igreja Catedral representa e possa representar para todo o povo de Deus, povo cristão e também para a cidade de São Paulo e para o Brasil”, salientou. 

CASA DE DEUS

Dom Rogério iniciou a homilia agradecendo, em nome do Cardeal Odilo Pedro Scherer, ao clero que auxilia no serviço pastoral da Catedral, além de recordar todas as pastorais, movimentos e organismos que realizam serviços na Catedral. Ele ressaltou a importância do templo e da dedicação dele. 

“Com a mesma reverência com que um dia esta Catedral foi dedicada, nós hoje pedimos: “escuta o teu povo aqui, quando nos reunimos em teu nome, faça que a tua Palavra chegue aos nossos ouvidos como sendo Palavra vossa, não como palavra nossa, como palavra humana. Faça com que quando a nossa oração for dirigida neste lugar, estejamos tão compenetrados da tua presença que a nossa oração seja uma verdadeira oração. Que tenhamos Jesus como modelo, Maria, não se faça a nossa vontade, mas antes a tua vontade. Que rezemos com a capacidade de nos confiarmos internamente a vontade de Deus, seja ela qual for”, destacou. 

O Prelado concluiu exortando os fiéis a sempre terem consciência de que a Catedral é a casa de Deus e que há uma história importante. 

Ao final da celebração, Padre Luiz Baronto agradeceu ao empenho dos colaboradores que auxiliam na vida e na evangelização do templo. Também recordou o Cabido Metropolitano, os sacerdotes confessores e as diversas pastorais, além dos funcionários e dizimistas.

HISTÓRIA

A história da Sé de São Paulo começou em 1589, quando o cacique Tibiriçá, em acordo com os missionários jesuítas, escolheu o terreno onde seria erguido o primeiro templo da cidade, construído em taipa de pilão. Tratava-se da igreja matriz da pequena Vila de São Paulo de Piratininga. Essa igreja era situada onde hoje está o monumento de Anchieta [na Praça da Sé], concluída em torno de 1616.

antiga catedral da se
Antiga Catedral Metropolitana
Reprodução

Com a transformação da vila em cidade, em 1745, a Capitania de São Paulo tornou-se sede episcopal e com isso a “antiga Sé”, como era conhecida, foi elevada à dignidade de catedral. Por isso, nesse mesmo ano, iniciou-se a edificação da segunda matriz, no mesmo local da anterior. Ao lado dela, em meados do século XIII, foi construída a Igreja de São Pedro.

Em 1911, os dois templos foram demolidos para as obras de ampliação da Praça da Sé e para dar lugar a uma nova catedral, idealizada pelo primeiro Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva.

A NOVA SÉ

Inaugurada em 25 de janeiro de 1954, por ocasião das comemorações do IV centenário de fundação da cidade de São Paulo, a Catedral da Sé foi dedicada somente em setembro daquele ano, durante o I Congresso Nacional da Padroeira do Brasil, realizado entre São Paulo e Aparecida (SP). A dedicação foi feita pelo Cardeal Adeodato Givanni Piazza, que veio como enviado pontifício para o Congresso da Padroeira.

ARQUITETURA

Com 111 metros de cumprimento, 46 metros de largura e 65 metros de altura (com exceção das torres), a Catedral da Sé passou pelas mãos de muitos engenheiros e arquitetos, mas o principal foi Maximiliano Hehl, que acompanhou a construção por apenas três anos, pois morreu em 1916. 

A construção passaria por outros arquitetos e também por algumas modificações no projeto original, tais como o mobiliário, os vitrais, a capela do Santíssimo.

O estilo neogótico da Catedral é considerado peculiar, com seu aspecto eclético em estilos arquitetônicos. Nas colunas alçadas a 70 metros de altura, encontram-se elementos típicos da fauna e da flora brasileiras, como ramos de café, o tamanduá-bandeira, o tatu-bola, a coruja contrastando com grandes personagens do século XX, da história da Catedral e da história universal.

O RESTAURO

Fechada durante três anos (1999-2002), a Catedral passou por um restauro, no qual foram concluídos os 14 torreões, previstos no projeto original.

No restauro, também foram feitos os reparos de trincas, descupinização, sistema de águas, limpezas, restauração dos vitrais, elementos artísticos, mobiliário e portas, novas instalações elétricas, prevenção de combate a incêndio, recuperação da escadaria e construção de novos banheiros, reservatórios, elevador para deficientes físicos entre outras melhorias.

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