Governo estadual apresenta plano de imunização contra a COVID-19 em SP

Atualizado às 11:05

Foi apresentado nesta quinta-feira, 7, o plano de vacinação contra a COVID-19 do governo do Estado de São Paulo, que mostra como funcionará a imunização no estado, caso a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, seja autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A previsão do governo estadual é que a primeira dose da vacina comece a ser aplicada no dia 25 e, a segunda dose, em 15 de fevereiro. O Ministério da Saúde ressaltou, no entanto, que a Medida Provisória (MP) editada pelo governo federal na quarta-feira, 6, determina que a vacinação ocorra de forma simultânea em todo país. Embora ainda não tenha sido definida uma data precisa, a previsão do Ministério é que a vacinação deve começar até o início de março e, na melhor das hipóteses, em 20 de janeiro.

Eficácia da CoronaVac

Nesta mesma data, foi anunciado que a CoronaVac tem taxa de eficácia mínima de 78% para casos leves da doença e 100% para o desenvolvimento de formas graves. Esse percentual, segundo o governo, refere-se aos estudos feitos no Brasil, que foram realizados com profissionais da área da saúde, mais expostos ao vírus.

Os dados de eficácia foram revisados por um comitê internacional. Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, o governo paulista ainda não vai encaminhar o pedido de registro da vacina à Anvisa, já que isso teria que ser feito em conjunto com a Sinovac. No primeiro momento, será feito apenas o pedido de uso emergencial da vacina.

Veja os detalhes do Plano Estadual de Imunização

Cronograma

A vacina será administrada em duas doses e aplicada gratuitamente no estado. O plano prevê que, na primeira fase de aplicação da vacina, serão imunizados os profissionais da área da saúde, indígenas, quilombolas e idosos acima de 60 anos, público que soma 9 milhões de pessoas em São Paulo e que é responsável por até 77% das mortes provocadas pelo novo coronavírus.

A imunização deve ocorrer em uma escala por faixa etária, privilegiando, inicialmente, os profissionais de saúde, quilombolas e indígenas, público que, em São Paulo, é estimado em 1,5 milhão de pessoas.

Logo em seguida, o planejamento é imunizar idosos com mais de 75 anos, cuja vacinação está prevista para os dias 8 de fevereiro e 1º de março. Idosos com idade entre 70 e 74 anos devem ser atendidos nos dias 15 de fevereiro e 8 de março. Nos dias 22 de fevereiro e 15 de março, serão vacinados idosos com idade entre 65 e 69 anos e, nos dias 1º e 22 de março, os que estão na faixa de 60 a 64 anos.

Dimas Covas apresenta dados sobre a eficácia da coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

Logística

Para que a vacinação no estado seja feita de forma segura, o governo pretende ampliar o total de postos de vacinação, que hoje somam 5,2 mil espaços. A intenção é que a imunização ocorra também em quartéis, escolas, estações de trem, terminais de ônibus, farmácias e drive-thrus, o que pode somar até 10 mil locais de vacinação.

Os postos deverão funcionar em horário estendido, das 7h às 22h, de segunda a sexta-feira; e, das 7h às 17h, aos sábados, domingos e feriados. O horário, no entanto, vai depender das prefeituras dos 645 municípios do estado.

100 milhões de doses para o Brasil

Também na quinta-feira, o Ministério da Saúde anunciou assinatura de contrato com o Instituto Butantan para adquirir até 100 milhões de doses da vacina Coronavac contra a COVID-19 para o ano de 2021, produzidas pelo órgão em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

O contrato envolve a compra inicial de 46 milhões de unidades, prevendo a possibilidade de renovação com a aquisição de outras 54 milhões de doses posteriormente. Esse modelo foi adotado pela pasta pela falta de orçamento para comercializar a integralidade das 100 milhões de doses. Hoje o Instituto Butantan anunciou que a eficácia da vacina é de 78%.

(Fonte: Agência Brasil e Governo do Estado de São Paulo)

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