Há 40 anos, ocorria a bênção da pedra fundamental do prédio do Arquivo Metropolitano

Em 15 de agosto de 1983, o Cardeal Paulo Evaristo Arns, então Arcebispo de São Paulo, abençoava e lançava a pedra fundamental do novo prédio do Arquivo Metropolitano, na zona Sul da cidade.

Foto: Acervo do Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva

Este organismo da Arquidiocese de São Paulo foi criado em 4 de abril de 1918, por iniciativa de Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro Arcebispo de São Paulo. Em 1921, o Arcebispo teve uma iniciativa inédita nas dioceses brasileiras: a criação de “livros duplicatas” de Batismo e Casamento. Com isso, cada paróquia tinha de fazer uma cópia dos registros desses sacramentos em um segundo livro, que, depois de preenchidos, eram encaminhados ao Arquivo.

Na edição do jornal O SÃO PAULO de 12 a 18 de agosto de 1983, na coluna “Encontro com o Pastor”, Dom Paulo Evaristo anunciava que o novo prédio do Arquivo Metropolitano, a ser construído nas dependências do terreno do Seminário de Teologia do Ipiranga, seria “dedicado ao 1o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva. A mesma pedra fundamental também sustentará a biblioteca de Teologia, que terá como patrono o 2o Metropolitana de São Paulo, Dom José Gaspar d’Afonseca e Silva”.

Reprodução do O SÃO PAULO de 12 de agosto de 1983

No texto, Dom Paulo lembrou que Dom Duarte foi grande historiador e restaurador do Arquivo Geral da Arquidiocese, tendo o próprio presidido, em 1913, a abertura e o início dos serviços nas dependências do antigo Recolhimento de Santa Teresa, localizado na rua Venceslau Braz. Em 1920, Dom Duarte transferiu os acervos para o “Palácio da Cúria”, mas com o tempo o prédio se danificou, foi interditado.

Dom Paulo explicava que a nova construção era necessária para se guardar, de maneira devida, “documentação tão valiosa” e lembrava que o Arquivo também comportaria a seção de pesquisas para o público em geral, como estudantes e historiadores.

O acervo do Arquivo Metropolitano é de mais de 300 mil volumes e inclui séries documentais e processos, entre registros de Batismo, Matrimônio e Óbito, processos eclesiásticos, fotografias, partituras musicais, plantas e projetos arquitetônicos, testamentos e inventários.  

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