Live com Dom Odilo: ‘Fiquemos na Igreja, unidos ao Papa’

Como tem feito semanalmente, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, interagiu com internautas e ouvintes da rádio 9 de Julho, no programa “Diálogos de Fé”, no domingo, 6.

Na live, Dom Odilo destacou o Dia da Pátria, comemorado na segunda-feira, 7, e recordou as reflexões em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil, assinado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e por outras entidades da sociedade civil, com o objetivo de “firmar posição” em relação a várias questões, como a defesa da vida e da dignidade humana em todos os estágios e a união de esforços para a superação da pandemia de COVID-19.

COMO LER A BÍBLIA

Em seguida, Dom Odilo respondeu a questões enviadas pelos internautas. A primeira delas, feita por Vinícius Potter, foi sobre a maneira mais correta de ler a Bíblia.

O Cardeal explicou que a Bíblia não é um único livro, mas um conjunto de 73 livros que constituem as Sagradas Escrituras. “Esses livros foram escritos ao longo de mais de um milênio. Portanto, nós temos textos com naturezas, estilos e finalidades muito diferentes”, destacou, reforçando que a Bíblia deve ser lida à luz da fé da Igreja para evitar que haja interpretações equivocadas da Palavra de Deus.

 ‘CATEQUESE DIGITAL’

Ruan Pablo quis saber a opinião do Cardeal sobre as iniciativas de Catequese nas plataformas digitais. Dom Odilo avaliou positivamente essa prática, quando bem realizada. No entanto, lembrou que tal modalidade deve complementar e não substituir as experiências de encontro pessoal e presencial, sobretudo a participação na vida da comunidade. “Nossa fé não se resume simplesmente à ‘telinha’, mas na prática da vida cristã e no encontro fraterno dos irmãos […]. Toda Catequese, virtual ou não, precisa conduzir à inserção na vida da comunidade eclesial e no testemunho da vida cristã”, enfatizou.

UNIDADE DA IGREJA

A pergunta de Carlos Henrique foi sobre grupos que provocam divisões e conflitos internos entre os católicos. Dom Odilo salientou que há grupos que se autodenominam “conservadores”, mas, na verdade, adotam uma postura “cismática”. Ele assegurou que tais grupos provocam divisão ao não aceitar as orientações da Igreja, especialmente do Papa, e afirmam que o Pontífice não é legítimo ou que não os “representa”.

“A Igreja Católica é esta que está aqui, que tem o Papa Francisco e cada um dos bispos legítimos nas suas dioceses e o clero unido a ele, que celebram e participam da Eucaristia e fazem a profissão de fé da Igreja Católica”, ressaltou o Arcebispo, completando: “O Papa representa Jesus Cristo, Bom Pastor, não a cada um de nós. O Santo Padre não foi escolhido de acordo com o gosto de cada pessoa, mas por uma questão de fé, pois ele é o sucessor de Pedro”.

“Fiquemos na Igreja, unidos a ela e ao Papa. Fiquemos na sobriedade, não vamos atrás de novidades”, concluiu o Cardeal.

(Colaborou: Flavio Rogério Lopes)

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