Missa do Crisma acontecerá na Arquidiocese de São Paulo no dia 1º

Celebração, que tradicionalmente acontece na Quinta-feira Santa, foi remarcada em razão da pandemia de COVID-19

No próximo sábado, 1º de agosto, às 9h, na Catedral da Sé, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, presidirá a Missa do Crisma, com a bênção dos Santos Óleos utilizados nos ritos dos sacramentos do Batismo e da Unção dos Enfermos, e a Consagração do Óleo do Crisma. Na ocasião, os sacerdotes da Arquidiocese também irão renovar as suas promessas sacerdotais diante do Arcebispo.

Tradicionalmente, essa missa acontece na Quinta-feira Santa, mas neste ano foi remarcada pela Arquidiocese, pois na época da Semana Santa deste ano, em abril, a cidade de São Paulo vivenciava o período ascendente da pandemia de COVID-19.

A missa do dia 1o será transmitida pela rádio 9 de Julho (AM 1600 kHz), Rede Vida de Televisão e as mídias sociais da Arquidiocese. Além do Cardeal, bispos auxiliares e padres participarão diáconos permanentes e uma pequena quantidade de fiéis leigos.

PROTOCOLOS SANITÁRIOS

“Este ano, a celebração ocorrerá seguindo o mesmo rito proposto pela Igreja, porém com todas aquelas cautelas protocolares. Primeiro, o distanciamento que deve ser respeitado entre os sacerdotes e todos os presentes, o uso das máscaras e do álcool em gel. Ao mesmo tempo, também será aferida a temperatura de cada participante na entrada”, disse, ao O SÃO PAULO, o Padre Helmo Cesar Faccioli, Coordenador da Comissão Arquidiocesana de Liturgia.

A Catedral Metropolitana, que tem capacidade para 800 pessoas sentadas, na missa deste ano contará com menos da metade de sua capacidade.

Segundo o Sacerdote, o cerimonial responsável está se preparando para que todos protocolos sanitários sejam cumpridos. Os sacerdotes terão que chegar com antecedência e se sentarão em lugares pré-determinados nos bancos com o distanciamento adequado. Os padres idosos e enfermos não irão participar da celebração, por orientação do próprio Cardeal. Na fila da comunhão, todos os presentes terão que higienizar as mãos com álcool em gel antes de receber a Eucaristia.

“Desejo que seja um momento de grande unidade de toda a Igreja, sobretudo com os fiéis. Que eles possam acompanhar rezando e pedindo pela Igreja, pelos sacerdotes, pelas vocações, e pela força e ação de Deus, para que possamos superar essa grande pandemia e tudo isso passe e todos se sintam seguros e saudáveis”, disse Padre Helmo.

AÇÃO VIVA DO CRISTO  

O Sacerdote recordou que esta celebração tem um profundo sentido teológico, por recordar a instituição do ministério sacerdotal; pastoral, porque é realizada em vista da utilização dos Santos Óleos para os sacramentos dos fiéis no decorrer do ano; e litúrgico, porque recorda a vocação dos Ministros Ordenados que se colocam a serviço e em favor do povo de Deus.

“O óleo significa a extensão da presença do Bispo que preside a Igreja em comunhão com os presbíteros. Cada vez que são celebrados os sacramentos, o óleo simboliza a presença do Bispo, embora ele não esteja presente. Em todas as celebrações sacramentais, são utilizados esses óleos abençoados e consagrado, pois o sacramento é a ação viva do Cristo.”

OS SANTOS ÓLEOS

Padre Helmo também reforçou que o óleo dos catecúmenos é utilizado quando são ungidos aqueles que “estão recebendo a força do Cristo para serem suas testemunhas”. O óleo dos enfermos é utilizado “cada vez que uma pessoa se sente fragilizada em sua saúde” e por meio dessa unção “Cristo age dando a saúde do corpo e da alma”. E o óleo do Crisma é utilizado na “celebração do sacramento, das Ordenações Sacerdotais e Episcopais, nas dedicações dos altares e das Igrejas e até mesmo na dedicação de um sino”, concluiu.

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