Bispo emérito de Catanduva (SP) foi Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo entre os anos 1975 e 2000

A Diocese de Catanduva (SP) informou na noite do domingo, 16, o falecimento de Dom Antônio Celso de Queirós, aos 89 anos de idade. Ele esteve à frente desta diocese entre os anos de 2000 e 2009.
Anteriormente, Dom Celso, como era mais conhecido, foi Bispo Auxiliar na Arquidiocese de São Paulo, entre 1975 e 2000, atuando especialmente como Vigário Episcopal da Região Ipiranga. Dom Celso passou os últimos anos de sua vida na capital paulista.
Ainda não há informações sobre o local do velório e do sepultamento.
BIOGRAFIA
Dom Antônio Celso de Queirós nasceu em Pirassununga (SP), no dia 24 de novembro de 1933. Realizou os estudos de primeiro e segundo graus em Campinas (SP), entre 1946 e 1952, e estudou Filosofia na Faculdade Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, entre 1956 e 1957, e na Pontifícia Universidade de Comillas, Espanha, de 1957 a 1962, país onde foi ordenado presbítero em 17 de abril de 1960.
Em 15 de outubro de 1975, foi nomeado Bispo Auxiliar de São Paulo pelo Papa Paulo VI, tendo recebido a ordenação episcopal em 14 de dezembro de 1975, na Catedral Metropolitana de Campinas, pela imposição das mãos de Dom Antonio Maria Alves de Siqueira.
Foi professor do Seminário Diocesano de Campinas, de 1961 a 1962; Assistente de JECF e da ACI, professor de Iniciação Teológica e de Doutrina Social da Igreja na Universidade Católica de Campinas, entre 1961 e 1969, e da PUC-SP, entre 1968 e 1970, Vigário Geral da Pastoral e Coordenador da Pastoral da Arquidiocese de Campinas, Assessor da CNBB, de 1971 a 1975, Subsecretário Geral da CNBB, entre 1972 e 1975, e do Regional Sul 1 da CNBB, em 1975.
Foi ainda membro da Comissão Episcopal de Pastoral Linha 1, Secretário Geral da CNBB por duas gestões, junto ao CELAM (1995/1998), Delegado à Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para América. Foi, também, Vice-Presidente da CNBB.
A CONVIVÊNCIA COM O CARDEAL ARNS
No funeral do Cardeal Paulo Evaristo Arns, morto em dezembro de 2016, Dom Celso presidiu uma das missas de Exéquias, e recordou os anos em que foi Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, a maior parte do tempo no episcopado de Dom Paulo.
“Dom Paulo é conhecido como aquele que transmitia esperança. Foi assim que eu o conheci. Estava em uma roda de uma assembleia – era padre ainda – e nós falávamos sobre a esperança, comentando a Epistola aos Romanos. E Dom Paulo passou por perto e perguntou: ‘Vocês estão falando sobre a Esperança? ’ ‘Estamos. ’ ‘Coloque num papel as principais ideias…’ Não que ele aprendeu ali, mas ele viu que batia um pensamento parecido com o dele. E foi assim que nós começamos a conversar, sobre a esperança. Foi assim que um dia nós longamente conversamos sobre um autor francês que escreveu muito sobre a esperança. Ele deixou para nós aquela comparação belíssima, ‘a Esperança é irmã da Fé e irmã da Caridade’. São as três irmãs moças. Uma mais idosa, com mais juízo, é a Fé; outra mais ardorosa, é a Caridade; e a terceira, Dom Paulo faz brotar em nós essa terceira irmã, mais difícil porque é menor. Dizia esse autor francês: ‘A Esperança é a menininha irrequieta que nasceu em cada último Natal’. Vai nascer daqui a pouco. Que bela comparação”.
(Com informações da Diocese de Catanduva)
Muitas saudades do meu querido bispo Dom Celso. Lembranças maravilhosas de suas visitas à nossa Paróquia Nossa Senhora da Esperança-Moema-São Paulo-SP. Alegre, culto, amigo amoroso. Inesquecível.