‘Na última ceia, Jesus instituiu um rito novo’

Destacou o Arcebispo de São Paulo a partir das celebrações da Quinta-feira Santa

Luciney Martins /O SÃO PAULO

O Cardeal Odilo Pedro Scherer comentou as celebrações da Quinta-feira Santa no programa “Encontro com o Pastor”, da quinta-feira, 14, na rádio 9 de Julho.

“Hoje é um grande dia para recordarmos os dons de Deus, dons de Cristo à sua igreja”, define o Arcebispo de São Paulo.

Pela manhã, o Cardeal presidiu a Missa do Crisma na Catedral Metropolitana de São Paulo, concelebrada por padres da Arquidiocese, que renovaram as promessas sacerdotais em memória a instituição do sacerdócio e da Eucaristia. Na missa, foi consagrado o óleo Santo do Crisma e abençoados os óleos sacramentais do Batismo e da Unção dos enfermos.

O óleo Santo do Crisma é usado já no Batismo para ungir a fronte daqueles que são batizados, como sinal de pertença a Cristo e de participação no sacerdócio de Cristo. É utilizado, também, no rito do Crisma, assim como na ordenação sacerdotal, quando o sacerdote tem as mãos ungidas e, na ordenação episcopal, quando a unção é dada na cabeça do bispo ordenado.

“Crisma vem de Cristo e significa ungido. Ungido com o Espírito Santo, com a graça de Deus, para desempenhar a sua missão com força, com o poder e autoridade de Deus. Então, a consagração do óleo Santo do Crisma faz referência justamente a Cristo, que é o ungido por excelência. Ele que veio cheio do Espírito Santo para anunciar a todos a graça de Deus e Sua misericórdia.” explicou Dom Odilo.

Ele lembrou também que ainda nesta Quinta-feira acontecerá a missa que recorda a instituição da Eucaristia, a missa da Ceia do Senhor. Recordando a última ceia de Cristo com os Apóstolos, uma ceia Pascal judaica, dentro do rito da Páscoa judaica.

“Jesus era judeu como Nossa Senhora, como os apóstolos. Eles celebraram a Páscoa judaica muitas vezes na vida. Esta, porém, era a última vez que Jesus celebrava a Páscoa judaica. Na última ceia, Ele instituiu um rito novo, deu um significado novo a Páscoa dos judeus. Fazendo agora referência não mais a passagem do Mar Vermelho, a libertação do Egito como é a Páscoa judaica. Jesus, ao partir o pão, ao entregar o cálice com vinho para partilhar com os seus discípulos a mesa, deu um novo significado a esse rito”, comentou.

Por esse motivo – explicou o Arcebispo – é que os cristãos celebram a Páscoa. Não para recordar a passagem do Mar Vermelho, mas na memória de Jesus Cristo, que entregou a sua vida pelo povo e que está perto todos os dias até o fim do mundo, dando força, coragem aos que Nele creem, e libertando do poder do diabo, do poder opressor de todo o mal, para que tenham a Liberdade dos filhos de Deus.

OUÇA A ÍNTEGRA DO PROGRAMA “ENCONTRO COM O PASTOR”

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