‘Não sejamos sepulcros caiados, mas coerentes em nossa vida’

Cardeal Odilo Scherer (foto: Bruno Melo/Arquivo)

Na missa da quarta-feira, 25, o Cardeal Odilo Pedro Scherer alertou para o perigo da hipocrisia e exortou à honestidade da vida cristã.

O Arcebispo de São Paulo presidiu a Eucaristia na capela da sua residência, transmitida pela rádio 9 de julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Nesta data, a Igreja celebra a memória litúrgica de São Luís de França. Nascido em 1214, assumiu  o trono da França aos 22 anos. Casou-se e teve 11 filhos. Distinguiu-se pelo seu espírito de penitência e oração e pelo seu amor aos pobres. Na administração do reino foi notável o seu zelo pela paz entre os povos, e se mostrou tão diligente na promoção material dos seus súditos como na sua promoção espiritual. Empreendeu duas cruzadas para libertar o sepulcro de Cristo e morreu perto de Cartago no ano 1270.

“Rezemos pelos nossos governantes, para que estejam atentos ao bem comum, especialmente dos pobres, dos doentes, dos que mais necessitam”, afirmou Dom Odilo, no início da celebração.

Também se recorda São José de Calazans, sacerdote espanhol nascido  em Aragão no ano 1557. Foi ordenado presbítero e, depois de ter exercido o ministério na sua pátria, partiu para Roma, onde se dedicou à educação das crianças pobres e fundou uma Congregação (Escolas Pias) cujos membros (Escolápios) deviam dedicar-se a esta nobre missão. Sofreu duras provações e foi nomeadamente vítima de invejas e calúnias. Morreu em Roma no ano 1648.

Coerência

No Evangelho do dia (Mt 23,27-32), Jesus chama a atenção para a hipocrisia dos fariseus e escribas, comparando-os a “sepulcros caiados”, que por fora parecem belos, mas por dentro estão “cheios de ossos de mortos e de toda podridão”.

Ao comentar esse trecho, na homilia, o Cardeal explicou que Jesus se referia à incoerência desses mestres da lei e autoridades religiosas da época, que não viviam aquilo que pregavam. Cristo, então, exorta-os à conversão, consciente que eles desejavam capturá-lo.

“O fingimento, a falsidade pode existir também nossas vidas. Por fora, podemos parecer uns, mas, por dentro, ser outros”, afirmou o Arcebispo, reforçando que a falsidade é algo “detestável”, pois se trata da corrupção do caráter. “Não sejamos nós sepulcros caiados. Sejamos honestos, verdadeiros, transparentes”, completou Dom Odilo.

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