‘O amor é o dom maior que devemos buscar’

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa desta quarta-feira, 16, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Nesta data, a Igreja celebra a memória litúrgica dos mártires São Cornélio e São Cipriano.  

Cornélio foi ordenado Bispo de Roma (Papa) no ano 251. Teve de combater o cisma dos Novacianos e, com a ajuda de São Cipriano, conseguiu consolidar a sua autoridade. Foi desterrado pelo imperador Galo e morreu no exílio, perto de Civitavecchia, no ano 253. O seu corpo foi trasladado para Roma e sepultado no cemitério de Calisto.

Cipriano nasceu em Cartago cerca do ano 210, de uma família pagã. Tendo-se convertido à fé e, ordenado sacerdote, foi eleito Bispo daquela cidade no ano 249. Em tempos muito difíceis, governou sabiamente, com suas obras e escritos, a Igreja que lhe foi confiada. Na perseguição de Valeriano, sofreu o exílio e, depois, o martírio em 258.

“Esses santos mártires deram testemunho importante da fé durante as perseguições do Império Romano e foram referência para os mártires que se seguiram… Nós recorremos a eles para pedir pela Igreja por todos aqueles que sofrem perseguição e martírio, pelos que vacilam na fé, para que se fortaleçam pela intercessão dos santos mártires”, afirmou Dom Odilo, no início da celebração.

HINO À CARIDADE

Na homilia, o Cardeal refletiu sobre a primeira leitura (1Cor 12,31-13,1-13), que apresenta um dos trechos mais conhecidos do Novo Testamento, chamado de hino à caridade. O Arcebispo explicou que, diante das situações de conflitos e disputas internas na comunidade motivadas pela vaidade, São Paulo exorta os fiéis a aspirarem os “dons mais elevados”, indicando o caminho “incomparavelmente superior” do amor.  

No hino, o Apóstolo afirma: “A caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; não se alegra com a iniquidade, mas regozija-se com a verdade. Suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo. A caridade não acabará nunca. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá”.

Por fim, São Paulo ressalta que “atualmente, permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade”.

“Este é, portanto, o dom maior que devemos buscar. Que sempre tenhamos isso com critério no nosso dia a dia. Diante das nossas vaidades, brigas, buscas de sermos mais importantes, de ter os holofotes voltados para nós, lembremos sempre que devemos viver o amor, a caridade, sem pretensões, concluiu o Cardeal.  

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