Padre Otoniel Profiro preside 1ª missa após ser ordenado sacerdote

Edneia Pereira

Ordenado sacerdote no sábado, 9, pelo Cardeal Scherer, Arcebispo Metropolitano, o Padre Otoniel Profiro de Morais (ao centro da foto) presidiu uma missa pela primeira vez na manhã do domingo, 10, na Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha, Setor Jaraguá, concelebrada pelo Padre Cilto José Rosembach, Pároco, e por padres amigos, também com a presença de diáconos. (por Edneia Pereira)

‘O Poderoso fez em min maravilhas’ (Lc1,49)

Dias de receber a ordenação sacerdotal, o Padre Otoniel Profiro concedeu entrevista à reportagem do jornal O SÃO PAULO.

Aos 60 anos de idade, ele recebeu a ordenação sacerdotal no sábado, 9, na Catedral da Sé, após ter atuado desde 2005 como diácono permanente na Arquidiocese. Em 2019, sua esposa faleceu e após um processe de reflexão com seus familiares e diáconos e sacerdotes amigos, decidiu complementar estudos para poder ser ordenado padre.

Sua Paróquia de origem é a Santo Antônio da Brasilândia, na Região Brasilândia. Na escola diaconal, esteve na primeira turma, iniciada no ano 2000 e foi ordenado diácono permanente em 4 de dezembro de 2005.

Leia a íntegra da entrevista a seguir:

Quando o senhor sentiu o chamado ao ministério ordenado e como se deu esse processo de discernimento?
Sempre me senti vocacionado ao ministério ordenado. Quando criança, sempre falava: ‘Vou estudar para ser padre’. Participava da Santa Missa e admirava muito a pessoa do padre. Mas quis a Providência Divina que eu me casasse. Em meados de 1979, conheci a minha esposa, Ana Maria Garrido, e vivemos com alegria a vida matrimonial por 36 anos, sendo abençoados com uma filha. No ano de 2000, foi implantado o diaconato permanente na Arquidiocese de São Paulo. Refleti com minha esposa sobre minha vocação de ministro ordenado. Após reflexão e discernimento, ingressei no propedêutico da escola diaconal da Arquidiocese. No meu coração, sempre sentia o desejo de ser um ministro ordenado. O diaconato foi a oportunidade de realizar esse sonho. O Senhor me concedeu a graça de ser ordenado diácono permanente.

Ao longo de todos estes anos como diácono, o que lhe deu a certeza do chamado de Deus?
Como diácono, já sou ministro ordenado, sendo muito feliz no exercício do ministério diaconal. Os diáconos prestam um serviço de grande importância na Igreja e deve ser valorizado. Porém, quando nas visitas aos irmãos doentes, eles falavam: ‘Quero me confessar’. Eu como diácono não podia dar a absolvição; ‘Quero a Unção dos Enfermos’, mas o diácono também não pode administrá-la. Senti o chamado do Senhor para o ministério sacerdotal, já que fiquei viúvo em 2019, não mais tendo impedimento para ser ordenado padre. Como sacerdote, poderei oferecer um serviço mais completo aos irmãos enfermos.

Conte-nos um pouco como foi este processo de diácono fazer a preparação para receber a ordenação sacerdotal. Como a família do senhor acolheu esta decisão?
Fiz esta formação no Seminário de Teologia Bom Pastor. Foi um ano de aprofundamento, uma atualização teológica e capacitação para o ministério sacerdotal, com matérias especificas complementares para o presbítero: como os sacramentos da Eucaristia, Penitência e Unção dos Enfermos, que é próprio do sacerdote. A decisão de se tornar presbítero foi acolhida pela minha família da mais bela forma possível. Com muita alegria e felicidade. De modo especial pela minha filha e pelo genro que sempre me apoiaram, sempre me incentivaram.

Qual o lema sacerdotal que o senhor escolheu? Por quê?
Meu lema sacerdotal é:  “O Poderoso fez em min maravilhas (Lc1,49)”. E por quê? Porque olhando a minha história, humilde e simples, sem o auxílio de Deus, seria impossível chegar aonde cheguei. Vejo o Deus de misericórdia agindo em minha vida. De fato, o Senhor faz maravilhas em nosso favor.

O que a Igreja em São Paulo pode esperar do Padre Otoniel?
Um padre simples e humilde, mas na força do Espirito Santo irei anunciar a Palavra de Deus e servir com amor a todo o povo de Deus. Conto com a oração do povo de Deus, para conseguir realizar o que estou propondo.

 (Entrevista concedida a Daniel Gomes/jornal O SÃO PAULO)

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