PUC-SP terá exposição sobre os Manuscritos do Mar Morto em setembro

Abertura será no dia 1o; ao longo do mês, acontecerão mesas-redondas relacionadas à temática

Uma exposição com fotografias de alguns mapas, sítios arqueológicos, manuscritos, livros, textos explicativos, documentários e reprodução de fragmentos.

Tudo isso poderá ser visto a partir da sexta-feira, dia 1o, e até o fim do mês de setembro, das 8h às 22h, no Hall de Entrada da Biblioteca Nadir Gouvêa Kfouri, no campus Monte Alegre da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Há exatos 75 anos, em 1947, foram descobertas centenas de manuscritos (quase todos compostos em hebraico) no deserto da Judeia, em cavernas nas falésias próximas ao Mar Morto, principalmente nos sítios arqueológicos de Hirbet Qumran, Wadi Murabba‘at, Nahal Hever e Massada, quando a região ainda pertencia ao reino da Jordânia. A principal descoberta de manuscritos ocorreu nas onze cavernas da localidade de Hirbet Qumran (geralmente mais conhecida apenas como Qumran). Hoje é território pertencente ao Estado de Israel.

Tal descoberta deu início a um longo e aventuroso itinerário envolvendo arqueólogos, historiadores, exegetas, linguistas, religiosos, comerciantes de antiguidades e governos.

Datados de pelo menos três séculos antes da era cristã, a grande quantidade de transcrições e citações de textos da Bíblia Hebraica pode ser comparada com os textos mais antigos das Escrituras, e constatou-se perceptível fidelidade com os mais antigos manuscritos bíblicos hebraicos datados do período medieval, que servem de base para as principais edições acadêmicas da Bíblia Hebraica (tais como os códices de Alepo [c. 925-930], de Leningrado B19a [c. 1008-1009], entre outros).

Os manuscritos de Qumran permitiram, portanto, uma conquista de mais de dez séculos de verificação textual, fato extremamente relevante para quem trabalha com crítica textual, histórica, literária, hermenêutica, entre outras disciplinas. E obviamente tudo isso tem reverberações no universo das religiões e de outras áreas do conhecimento.

A exposição, que comemora os 75 anos desta descoberta, é promovida pela Pastoral Universitária da PUC-SP, Cátedra judaica, com o apoio da FUNDASP, da Sociedade bíblica do Brasil (SBB), do Museu da Bíblia, da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção e do Centro Universitário Assunção (UNIFAI).

MESAS REDONDAS

Paralelamente à exposição, serão realizadas cinco mesas-redondas até o fim do mês, todas também transmitidas on-line – https://youtube.com/tvpuc.

1o de setembro, 9h – Auditório 117A

Prof. Dr. Cônego Celso Pedro da Silva (Professor Emérito da PUC-SP)

Tema: Os Manuscritos de Qumran e suas interrogações.

Prof. Dr. Edson de Faria Francisco (UMESP).

Tema: Verbetes dos Manuscritos Bíblicos de Qumran no Léxico do Antigo Testamento Interlinear Hebraico-Português.

5 de setembro – 8h às 13h – Auditório 239

Prof. Dr. Pedro Paulo Alves dos Santos (PUC-RJ).

Tema: Os Manuscritos de Qumran e o Novo Testamento: Observações Preliminares e a Questão do Corpus Johanneum.

13 de setembro – 8h às 13h – Auditório 239

Prof. Dr. Jonas Machado (FTBSP).

Tema: Os Manuscritos do Mar Morto: Uma Introdução Atualizada. 

Rabino, Prof. Alexandre Leone

Tema: Mamom: Noções sobre riqueza na comunidade de Qumran, entre os primeiros cristãos e os primeiros rabinos.

20 de setembro – 15h – Auditório 117A

Prof. Dr. Fernando Mattiolli Vieira (UPE/Petrolina).

Tema: “Os Manuscritos do Mar Morto aos 75 anos: historiografia, atualidade e perspectivas de futuro”

Prof. Dr. Valmor da Silva (PUC-GO).

Tema: As Origens da Bíblia e os Manuscritos do Mar Morto.

29 de setembro – 15h –  Auditório 117A

Profa. Dra. Clarisse Ferreira da Silva.

Tema: O Caminho para o Deserto: Origem e Formação da Comunidade de Qumran.

Profa. Dra. Tupá Guerra Guimarães da Silva (UnB).

Tema: Demônios nos Escritos do Mar Morto.

CLIQUE E SAIBA MAIS DETALHES SOBRE OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO

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