Recém-ordenado, Padre Rômulo Freire preside missa pela 1ª vez

Na manhã do domingo, 10, o Padre Rômulo Freire Barroso presidiu missa pela 1a vez, após ter sido ordenado sacerdote pelo Cardeal Scherer, Arcebispo Metropolitano, na Catedral da Sé no dia anterior.

A Eucaristia aconteceu na Comunidade São João Batista, no bairro Vila Rica, pertencente à Paróquia Santa Cruz, na Região Belém, onde o neossacerdote teve o despertar para a vocação ao ministério ordenado.

Padre Rômulo, 46, ingressou no Seminário Propedêutico em 2014; no de Filosofia em 2015; e no de Teologia em 2018.  Dias antes de ser ordenado sacerdote, ele concedeu entrevista ao jornal O SÃO PAULO. Leia a íntegra a seguir.

‘Ministro de uma aliança Espírito, que comunica a vida’ (2 Cor 3,6)

O SÃO PAULO – Quando  percebeu o chamado à vida sacerdotal? E como foi este processo de discernimento até o ingresso no seminário arquidiocesano?
Padre Rômulo Barroso – Fiz uma experiência missionária em uma nova comunidade, sentindo os primeiros sinais por meio das pessoas que me questionavam a respeito do sacerdócio. Após sair dessa comunidade, tive um segundo momento quando apresentado a Dom Edmar Peron [então Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém] em minha paróquia de origem, e ele me questionou a respeito da minha vida. Depois, disse: “Quem sabe eu vou discernir a sua vocação”. A princípio, não entendi e não quis saber, mas depois essa frase se intensificou com as lembranças da minha experiência vocacional passada, gerando uma crise que me levou a deixar tudo e entrar no seminário.

Ao longo deste processo de preparação ao sacerdócio, quais sinais você percebeu que esta era mesmo sua vocação?
Houve pessoas e padres que diziam: “Você vai ser um bom padre”! De certa maneira, isso mexia comigo. Os sinais vinham por meio daquilo que as pessoas falavam de mim, o modo de Deus falar comigo. Outro sinal foi buscar viver com alegria cada momento ao longo do processo, procurando enfrentar as dificuldades. Às vezes, parecia que eu não ia dar conta, mas nessa hora, a sensação era de que o auxílio de Deus se fazia presente, me impelindo a continuar.

Qual o lema sacerdotal que você escolheu? Por quê?
Meu lema é “Ministro de uma aliança no Espírito, que comunica a vida” (2Cor 3,6). Vejo nessa Palavra que a aliança, como instrumento a oração, gera uma unidade com Deus pelo Espírito Santo e com a Igreja como ministro ordenado no grau de presbítero. Vivendo essa unidade, o resultado é esse comunicar a vida, seja com palavras e mais ainda pelo testemunho, levando cada ser humano a uma experiência de transcendência.

O que a Igreja em São Paulo pode esperar do Padre Rômulo?
O empenho em servir e doar-se, tendo o amor, a comunhão e a alegria como pressupostos, procurando dar o melhor, para que um maior número de pessoas possam fazer a sua adesão a Deus.

(Entrevista concedida ao repórter Daniel Gomes/jornal O SÃO PAULO)

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