Saúde realiza Semana H de combate à hanseníase

Programação faz parte do Janeiro Roxo e inclui busca ativa, palestras e panfletagem com o objetivo de conscientizar sobre a doença

Reprodução da Internet

Durante todo o mês de janeiro a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem realizando atividades voltadas à conscientização sobre a hanseníase, como parte da campanha Janeiro Roxo. Desde 2016 o Ministério da Saúde (MS) oficializou este mês e a cor roxa para campanhas educativas em todo o país.

O objetivo é aumentar a detecção precoce de casos, por meio da sensibilização dos profissionais de saúde da rede de atenção básica e da divulgação dos sinais e sintomas da doença para a população.

A semana de 16 a 23 de janeiro foi escolhida como a semana “H” na capital, com a intensificação, em todas as regiões da cidade, de busca ativa e eventos em locais públicos de grande circulação, como praças e estações de metrô, entre outros, para divulgar à população os sinais e sintomas da doença.

Veja aqui a programação da Semana H.

Sobre a hanseníase

A hanseníase é uma doença crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae (ou bacilo de Hansen), que afeta a pele e nervos periféricos, e caracteriza-se pela alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos. A doença, que possui desenvolvimento lento, é transmissível e pode gerar deformações e incapacidades permanentes que geram um grande estigma social, se não for tratada.

A transmissão se dá de uma pessoa doente sem tratamento, para outra, após um contato próximo e prolongado, por meio de secreções das vias respiratórias (nariz e boca). Após o contágio, o indivíduo leva de dois a 10 anos para iniciar os sintomas. A maioria das pessoas tem resistência natural ao desenvolvimento da doença, que acomete principalmente indivíduos com baixa imunidade. Além das condições individuais, condições sociais desfavoráveis também afetam o risco de hanseníase.

Os principais sintomas da hanseníase são:

– Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade;
– Área de pele seca e com falta de suor; com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; com perda ou ausência de sensibilidade;
– Sensação de formigamento (parestesias) ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber.
– Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés.
– Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que podem estar engrossados e doloridos.
– Úlceras de pernas e pés.
– Nódulos (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
– Febre, edemas e dor nas juntas.
– Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.

O tratamento disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é simples e eficaz, levando à cura dos pacientes e interrompendo a cadeia de transmissão da doença assim que iniciada a primeira dose. Ele é realizado nos serviços de saúde da rede municipal sem necessidade de internação. Os pacientes podem conviver com sua família, seus colegas de trabalho e amigos sem restrições.

As pessoas que apresentarem quaisquer sinais e sintomas suspeitos devem procurar a UBS mais próxima de sua residência para avaliação médica. Os casos suspeitos serão encaminhados para confirmação diagnóstica e tratamento em uma das 28 Unidades de Referência de Hanseníase que estão distribuídas estrategicamente no território para facilitar o acesso aos pacientes de toda a cidade.

A localização de todos os equipamentos de saúde da capital pode ser consultada na plataforma Busca Saúde.

Fonte: Prefeitura da Cidade de São Paulo

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