Cardeal Scherer: neste sábado encontro com o Papa Francisco

A presidência do CELAM, Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho do qual faz parte como primeiro vice-presidente o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer será recebida pelo Santo Padre no Vaticano.

Vatican Media

Presente nesses dias em Roma a presidência do CELAM, Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho do qual faz parte como primeiro vice-presidente o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer. Neste sábado a presidência será recebida pelo Santo Padre no Vaticano e a Rádio Vaticano – Vatican News conversou com dom Odilo. Ele nos falou sobre o motivo desses encontros:

“Primeiramente – disse dom Odilo para manter os contatos da presidência do CELAM com os organismos da Santa Sé, com os vários Dicastérios que colaboram diretamente com o Papa e com o próprio Papa, e para trazer ao Papa a situação das questões que nós tratamos no CELAM. Sobretudo nos queremos apresentar ao Papa, digamos assim, fazer uma prestação de contas sobre a Assembleia eclesial da América Latina e do Caribe que foi realizada no final de novembro. Este foi um momento muito importante também muito esperado pelo Papa. A gente sabe que o Papa acompanhou muito de perto, seja a preparação, seja depois a própria realização da Assembleia eclesial. Nós queremos falar ao Papa sobre Assembleia eclesial”.

Que resultados dessa Assembleia os senhores trazem a Roma?

“Os resultados da Assembleia eclesial naturalmente já foram divulgados e puderam ser acompanhados também durante a realização da Assembleia. Eu diria que o primeiro resultado é menos palpável; foi um exercício de sinodalidade dentro daquilo que o Papa está falando, pedindo a toda a Igreja. Então, a preparação da Assembleia eclesial, a partir das dioceses e dentro das dioceses, a participação do povo, das comunidades, paróquias, organismos eclesiais. A preparação suscitou um movimento, digamos assim, da sinodalidade da Igreja: a participação, a preocupação de buscar juntos e compreender juntos, de avaliar a situação, assim por diante.

Depois a Assembleia também significou um grande momento de comunhão porque ali se fez presente a representação não só do episcopado, mas ela era uma Assembleia eclesial no sentido do corpo eclesial todo inteiro. Grande participação de leigos e também de religiosos e religiosas e claro do clero representando bispos, padres e diáconos. Então era o corpo Eclesial todo representado na Assembleia eclesial.

Terceiro resultado foi uma experiência de uso das novas tecnologias em função da vida da Igreja. A Assembleia foi virtual, ou seja, através dos meios remotos a partir do México onde era a sede da Assembleia eclesial. De fato havia um grupo só, o grupo da gestão, da presidência, da coordenação, dos assessores e de alguns convidados mas os cerca de 800 dos participantes que eram um pouco mais de mil, não estavam no México, estavam em suas casas, em seus países, e de longe participaram das atividades da Assembleia eclesial que certamente foi uma experiência extraordinária que mostrou a possibilidade do uso, dos recursos das tecnologias da comunicação que nós temos hoje para o trabalho da Igreja.

Enfim um dos frutos bonitos da Assembleia eclesial é justamente esse, a partir do Documento de Aparecida perceber quais são as questões que ainda permanecem em aberto daquilo que a Conferência Aparecida indicou e quais novas questões surgiram desde 2007 até os nossos dias e que devem ser agora levadas em muita consideração pela igreja na América Latina e no Caribe”.

fonte: Vatican News

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